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Arcebispo gaúcho diz que sociedade é pedófila em conferência da CNBB

Redação Lado A 05 de Maio, 2010 18h51m

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O arcebispo de Porto Alegre, dom Dadeus Grings, 73 anos, afirmou nesta terça-feira, durante a 48ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que tem como tema “A missão da Igreja no mundo”, que “a sociedade é pedófila”. Grings é presidente da comissão responsável pelo tema principal do encontro.

“A sociedade atual é pedófila, esse é o problema. Então, facilmente as pessoas caem nisso. E o fato de denunciar isso é um bom sinal”, argumentou. Segundo o gaúcho, o abuso sexual de crianças é mais freqüente em diversos meios profissionais e citou médicos, professores e empresários, e afirmou que nestes círculos é algo mais comum do que os abusos cometidos por padres e sacerdotes. Ele ainda afirmou que assim como os homossexuais, os pedófilos  podem ganhar espaços e direitos.

“Quando a sexualidade é banalizada, é claro que isso vai atingir todos os casos. O homossexualismo é um caso. Antigamente não se falava em homossexual. E era discriminado. Quando começa a (dizer) que eles têm direitos, direitos de se manifestar publicamente, daqui a pouco vão achar os direitos dos pedófilos” declarou o arcebispo, causando mais polêmica. Dom Dadeus disse ser a favor da punição para o abuso sexual de crianças e adolescentes mas afirmou que é complicado para a Igreja denunciar os casos, “A Igreja ir lá acusar seus próprios filhos seria um pouco estranho”, afirmou, sinalizando que é contra a Igreja levar os casos à público ao invés de resolver internamente as questões. Ele revelou dados da Alemanha, onde uma pesquisa afirmou que casos de pedofilia na Igreja correspondem a 0,2% do total apurado no país.

Sobre os homossexuais, o religioso afirmou acreditar que muitos são homossexuais de nascimento mas que há muitos que se tornam homossexuais por escolha própria. “Nós sabemos que o adolescente é espontaneamente homossexual. Menino brinca com menino, menina brinca com menina. Só depois, se não houve uma boa orientação, isso se fixa. Então, a questão é: como vamos educar nossas crianças para o uso da sexualidade que seja humano e condizente?”

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