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Assista o espetacular Conexão Repórter desta semana sobre homofobia

Redação Lado A 15 de Abril, 2011 02h18m

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Assista o espetacular Conexão Repórter desta semana sobre homofobia


Nesta quarta-feira, o programa Conexão Repórter, do SBT, apresentado pelo jornalista Roberto Cabrini, abordou o tema homofobia. Com alguns lapsos como chamar a homossexualidade de homossexualismo (que remete a doença), e usar a palavra travesti com artigo no masculino, o programa entrevistou um grupo de carecas, de Santo André, e tentou identificar a origem do preconceito. Ficou claro: os argumentos pseudo religiosos dos agressores mostram que a homofobia nasce na má educação. Com cenas fortes de violência contra gays, o programa ainda contou com comentários do jornalista Leão Lobo, gay assumido, e contou a história de uma família depois que o filho se assumiu homossexual.


Com argumentos de que homossexuais não são “de Deus”, de que Deus criou o homem e a mulher e que gays querem acabar com as famílias, que não tem nada de bom a oferecer… (lembrou de alguém agora?), os preconceituosos mostraram face de sua ignorância e intolerância. “Estamos dispostos a matar e a morrer” diz um deles. Outro fala que é contra a lei da natureza, contra a lei de Deus. Um casal de atores que simulava cenas de carinho em público flagrou o quanto a população é violenta contra os gays. Além de olhares e xingamentos como “sem vergonha”, “tem que matar esses veados”, uma jaca foi jogada sobre os atores contratados pelo programa. O Conexão Repórter ainda mostrou o drama das travestis que fazem programas, vítimas maiores da violência homofóbica, e chegou a flagrar um homem em um Audi A3 tentando roubar uma delas.


O programa mostrou ainda o trabalho ineficaz da polícia para conter a violência e dados da homofobia. 25 grupos intolerantes atuam em São Paulo e 252 homossexuais foram mortos pela homofobia em 2010 no país. Leão Lobo confessou ainda que já foi vítima da homofobia mais e de uma vez e contou quando olhou para um rapaz e um grupo o espancou dentro de um restaurante. Uma jurista ainda lembra a falta de leis e a discriminação da união gay em comparação aos direitos dos héteros.


A história de Victor, um bailarino que se assumiu gay em casa, tem um final feliz, mas é exceção, lembra o programa. E não foi fácil. Primeiro Victor não se aceitava, depois ficou depressivo. Ao contar que era gay, seu pai pensou em abandonar a família, a mãe tentou o suicídio, seu pai pensou em matar o namorado do filho. Foi rejeitado pelo próprio irmão. O pai diz ter orgulho do filho e o irmão o considera o seu melhor amigo. Hoje, a mãe pede perdão ao filho e o aceita. Emocionado, ele diz que a ama a mãe e que ela é tudo para ele.



Parte 1:




Parte 2:






 



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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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