Sim, o seu vocabulário de personagens está ganhando mais um grupo. Depois do metrossexual, do retrossexual, surge o übersexual, o homem do futuro. No Brasil, saiu esta semana uma matéria que aborda o tema, na revista Veja. Para recapitular os outros conceitos, antes de apresentar o novo, vamos repetir o que já explicamos.
O metrossexual é aquele homem que gasta fortuna em cosméticos, que é gentil, inteligente, sofisticado e não é necessariamente homossexual. Depois recriaram os retrossexuais, que mantêm o rústico e o romantismo de antes. O ogro moderno.
No último mês, publicitárias americanas lançaram o livro “O futuro do homem” (The Man of the Future) no qual o trio Marian Salzman, Amy O´Reilly e Ira Matathia ainda inventam ou comentam outros termos. O übersexual (o termo über em alemão significa acima, além de) é um indivíduo do tipo moderado, entre o metrossexual e o retrossexual. Vaidoso no ponto, sensível mas não muito e sem sombra de dúvida heterossexual. “É a volta das características masculinas mais positivas, como força, decisão e imparcialidade, sem a insegurança comum aos dias de hoje”, detalhou uma das autoras Marian para a revista Veja.
Vale lembrar que o termo metrossexual foi resgatado pelo New York Times e se popularizou, tendo ficado mais de dez anos no esquecimento. Há pouco tempo, o termo encontrou representantes à altura. Foi como amor à primeira vista o que aconteceu entre o jogador inglês David Beckham e a palavra metrossexual, caiu como uma luva. O novo termo já tem o seus ícones, em primeiro lugar no trono está o ator George Clooney. Em seguida vem o Mr. Madonna o diretor Guy Ritchie e até o governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger – hoje um Kennedy por casamento – entrou na brincadeira.
As autoras pretendem discutir no livro, o “homem do novo século”. Pelo pouco disponível na internet e na matéria citada, parece que as autoras têm um pequeno trauma com os seres masculinos. Primeiro, elas dividem o grupo metrossexual em dois, o de gays e o de héteros – o que já indignou os militantes gays brasileiros. Depois, afirmam que o über (tendenciosamente acima na tradução) é equilibrado em tudo, nada de te trocar por cosméticos e, por último, afirmam que por um latino não se deve passar nem meio dia em um spa. Segundo as autoras, os latinos (da Europa e da América Latina) são machistas e não conseguem parar de se auto-afirmarem como homens. Isso tudo, segundo pesquisas alheias, às quais as autoras, como boas publicitárias, não se deram ao trabalho de desenvolver.
Existem alguns rótulos para definir o homem do futuro. Entre eles:
novo machão: tem todas as características do machão, mas não se importa em chorar na frente dos outros;
metrogay: gay que tem traços masculinos (parece hétero);
metro-hétero: heterossexual com atitudes gays (parece gay);
snag (neologismo formado a partir das iniciais de sensitive new-age guy):
tem sensibilidade apurada e entende perfeitamente as mulheres;
homem verdadeiro: aquele que reúne o melhor do homem atual, é
participativo em casa, mas só faz o que quer e quando quer;
emo (de emotivo) boy: extremamente sensível e vulnerável; Como os atores Orlando Bloom e Jude Law.
new bloke: liberalíssimo, acha que homens e mulheres são absolutamente
iguais. Representados por Ewan McGregor e Hugh Grant.