Aos 19 anos, o curitibano Pedro Mello e Cruz é instrutor e também sócio da Circocan. O jovem divide seu tempo entre as aulas de relações públicas na UFPR, seu trabalho em uma agência de propaganda e ainda seu trabalho na escola. Ele nos concedeu esta pequena entrevista enquanto se preparava para a sessão de fotos da nossa capa. Ao final, recebeu a proposta de se juntar ao casting da agência Ford Models.
A Circocan é uma escola que ensina as técnicas do trapézio, tecido e cama elástica para pessoas de todas as idades. Existe também a modalidade Circo Fitness, que alia preparo físico à diversão. A escola está localizada na Kyocera Arena, dentro da academia Atletic Wellness.
Como iniciou a sua paixão pelo circo?
Eu jogava futebol e cheguei a quebrar o fêmur quando eu estava na Nova Zelândia, fazendo intercâmbio. Quando voltei, sofri mais algumas contusões praticando outros esportes. Então o circo apareceu como uma opção para trabalhar o controle do corpo. Iniciei nas aulas que o Positivo oferecia, acabei entrando em contato com o trapézio nas férias, no Club Med e treinei trapézio voador e trapézio simples. Na volta, o instrutor do Positivo me chamou para uma apresentação em uma festa. Aliás, ele, o canadense Shaye Patel, além do meu irmão, foi sócio quando decidimos abrir a Circocan na Atletic Wellness em 2004.
Quais as dificuldades que você enfrentou?
Embora em nosso país o circo não tenha a mesma força e glamour que em outros lugares, recebi apoio total da minha família. No início, fui mais na onda dos amigos que faziam por diversão. Depois, percebi que a cada dia você pode estar evoluindo, desenvolvendo a auto-confiança, concentração.
O que motiva o artista?
Sou muito mais instrutor do que artista, e como instrutor o que me incentiva é ver as pessoas vencendo o medo, conseguindo fazer aquilo que elas achavam impossível. O sorriso no rosto das pessoas após uma superação. A contradição dos momentos do “parece fácil”, ” é difícil”, “consegui!”, também é interessante.
Já sofreu algum acidente?
Não no circo. Na escola nunca tivemos nenhum acidente grave. Cair é normal. Aprender a cair do jeito certo é a primeira coisa que alguém deve aprender.