Mais uma vez, Adriane Galisteu aborda a homossexualidade em seu programa. Agora, o tema foi o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Entre os convidados estavam uma advogada de causas homossexuais, dois casais heterossexuais e um casal gay. A pergunta era: por que os casamentos gays estão durando mais do que os casamentos heterossexuais?
Cada um expôs seu ponto de vista, mas, todos concordaram que respeito, lealdade, diálogo e amor são os pontos fortes para manter uma relação a dois. Apesar de no Brasil a relação estável de pessoas do mesmo sexo ainda não seja aprovada, isso não impede que muitos casais vivam juntos e por muito tempo. A iniciativa de um programa em rede nacional dar espaço a esse assunto com seriedade, fortifica a imagem homoafetiva e, aos poucos, vai apagando a idéia promíscua que grande parte da população tem em relação a essa realidade.
O casal gay presente no bate papo, Junior e Vasco, estão juntos há 13 anos e já adotaram uma criança. Isso os torna um exemplo de como a luta pelos direitos glbts são válidos. Que muitos são contra a liberdade de expressão já sabemos, mas, não é por isso que todos devem baixar a cabeça e aceitar. Hoje, o gay, em geral, tem muito mais visibilidade e aceitação pela população do que antigamente, isso não há o que discutir. Prova disso é que, no ano passado, em São Paulo, a parada da diversidade reuniu cerca de 2 milhões de pessoas e em Curitiba registrou-se mais de 80 mil. Com a divulgação de dados mostrando o poder financeiro que o segmento homo tem, o próprio mercado está se adaptando e assim ‘socializando’ esse publico.
Além disso, o programa mostrou algumas curiosidades do universo homossexual. Digo universo porque exibiram uma pequena reportagem sobre o casal de cegonhas gays, do interior da Holanda, que chocaram um ovo. É interessante dizer, também, que eles não são os únicos. Ao todo existem dois casais gays e um lésbico no zoológico. De onde vieram os ovos não se sabe, mas o diretor do zôo afirma que os papais cuidam tão bem dos filhotes quanto os casais heterossexuais. O “fenômeno” só havia sido registrado em rituais de acasalamento, nunca em criação da prole. Em todos os reinos da biologia já foram registrados casos homossexuais, principalmente em pingüins, chimpanzés e golfinhos. Pois é, estamos todos evoluindo.
Espera-se.