Sucesso: Parada da Diversidade de Curitiba

Redação Lado A 05 de Julho, 2006 00h55m

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Parada da Diversidade de Curitiba 2006


Entre 90 e 100 mil pessoas, segundo a organização do evento. Menos de 50 mil, segundo alguns jornais da capital, mais de 100 mil, segundo outros. A Gazeta do Povo -on-line – chegou a noticiar 10 mil, dado confirmado no relatório da Polícia Militar. As fotos não mentem, era muita gente. Bem mais que no ano passado, quando a PM divulgou 12 mil. 


Toda a quadra em frente a Praça do Homem Nu e a própria praça estavam tomadas. A imagem dos 10 carros na avenida Cândido de Abreu, passando pelo Shopping Muller em direção ao Centro Cívico emocionava.


Era como se o protesto fosse feito diretamente ao prefeito, ao governador, aos juízes que trabalham naqueles prédios durante a semana. E, como sempre, não havia um retorno destas reclamações. O silêncio de um lado e o barulho de outro eram poéticos, proféticos.


A Parada da Diversidade foi mais uma vez sucesso pois, querendo ou não, estavam todos juntos em um só voz: “Respeito Sim, Discriminação, Não”. 10 mil ou 100 mil? Não importa, o que importa é que gays morrem pelo preconceito, todos os dias (quinta, mais uma travesti foi assassinada na cidade de Curitiba). E continuam a morrer, por falta de uma lei que puna esses crimes de forma exemplar.


 


Comentários


Palanque
Nem mesmo ano eleitoral chamou os políticos da capital. O deputado federal Dr. Rosinha, do PT, apareceu por lá, a exemplo dos outros anos. Também passaram por lá o deputado estadual Padre Paulo e a vereadora professora Josete.


Minc
A desorganização do Ministério da Cultura fez com que paradas como a de Curitiba, entre outras, ficassem sem financiamento deste organismo. A APPAD, ong que gerencia a Parada de Curitiba não sabe como fará para cobrir os gastos.


Gatíssimos
Se faltaram homens de sungas sobre os carros de som (haviam poucos este ano), sobraram jovens bem vestidos e bonitos na avenida. Nem São Paulo tinha tinha gente bonita quanto a Parada da Diversidade de Curitiba.


Cachorros
Um grande número de canídeos foram com seus donos à Parada. Tinha de todos os tamanhos e raças.


Também é gente?
Não foi um apenas. Algumas pessoas que pegaram o microfone soltaram a sórdida frase: “nós também somos gente”… o pessoal não gostou muito.


Maitê?
A transexual Maitê Schneider não puxou a parada deste ano. Ela pediu afastamento do evento há alguns meses. Algumas pessoas sentiram falta da moça, outras não.


Mijando no Poder
E pela falta de banheiros públicos ou químicos, os mais apertados poderiam escolher entre um dos 3 poderes…


Para Jesus
A falta de estrutura também atrapalhou o pessoal que sempre aproveitava a festa para beber. Este ano, não vimos nenhum bêbado e o povo estava para lá de comportado. Parecia até a Marcha para Jesus…




Confira nossas fotos na seção Paradas 2006

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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