Estão sendo realizados esta semana na 9.ª Vara Criminal, em Curitiba, os depoimentos da defesa dos skinheads acusados de atacar e perfurar com um canivete o jovem WRC em 2005, na época com 19 anos. Eles também são acusados de atos de discriminação contra negros, judeus e homossexuais. A estratégia da defesa é levar testemunhas, entre gays e negros que afirmem que os acusados não são homofóbicos ou racistas.
Em setembro do ano passado, vários ataques e a distribuição de material ilícito discriminatório foram investigados pelo COPE, Centro de Operações Especiais da Polícia Civil, culminando na detenção de 12 membros de facções neonazistas, quatro deles menores.
A defesa solicitou 65 testemunhas, porém apenas 24 delas apareceram esta semana para serem ouvidas. Os principais envolvidos, Eduardo Toniolo Del Segue e sua esposa Fran, ficaram detidos mas foram colocados em liberdade ainda no ano passado. Eles são acusados de uma tentativa de homicídio, espancamentos e agressões. Dentre o grupo há ainda a filha de um coronel do Exército brasileiro e parentes de um desembargador.
A previsão é que os depoimentos acabem hoje e em breve seja conhecida a decisão da juíza, Ana Lucia Lourenço, que acompanha o caso.