Vacina contra o Câncer :
Estas vacinas estão se tornando uma possibilidade real. As vacinas virais que previnem a hepatite B, as infecções pelo vírus Epstein-Barr e a infecção pelo Papilomavírus humano podem muito bem ser denominadas de vacinas contra o câncer já que previnem,respectivamente,o carcinoma hepatocelular,o carcinoma nasofaringeal e o carcinoma do cérvix uterino.
Os recentes avanços na área derivam de um melhor entendimento da base molecular do câncer e dos mecanismos imunológicos concernentes à eliminação do tumor. As vacinas contra o câncer podem ser divididas em três categorias: as que atuam nos microorganismos oncogênicos,as que agem sobre tumores já existentes e aquelas que previnem o aparecimento do câncer. Algumas pesquisas estão tentando identificar erros genéticos comuns que possam, algum dia, levar a campanhas de vacinação na população visando evitar o aparecimento de uma variedade de tipos de tumor. Outras vacinas visarão prevenir o aparecimento de câncer em pessoas com história familiar da moléstia.
Uma terceira categoria de vacina contra câncer utilizará antígenos associados ao tumor para gerar vacinas específicas para cada indivíduo com o problema.
Vacina contra HPV:
Uma vacina criada por pesquisadores espalhados pelo mundo todo mostrou-se eficaz na prevenção do Papilomavirus humano, ou HPV, causador do câncer do colo do útero. O aparecimento de verrugas nas áreas genitais devem ser verificadas, pois pode significar a existência deste vírus, muito comum nos dias de hoje. O imunizante está na fase final de desenvolvimento, mas os testes realizados até agora, feitos em mulheres de vários países, inclusive o Brasil, revelaram resultados extremamente animadores. A vacina teve eficácia de 90% em relação à proteção contra a contaminação.
Interessante é que o produto protege contra quatro tipos de HPV (existe uma centena de tipos): dois deles responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo do útero.
Como uma das principais vias de transmissão do HPV é a sexual, deve ser administrada, portanto, antes do início da vida sexual. E não se sabe ainda se presisará de um reforço após certo período.
A vacina também pode ajudar mulheres já infectadas. Por enquanto, a pesquisa indica que ela tem eficácia de 100% contra as verrugas e tumores que podem se desenvolver a partir da infecção.
A descoberta significa um progresso valioso para reduzir os altos índices de contágio e de mortes causadas pelo HPV. No Brasil surgem 20 mil novos casos por ano de tumor do colo do útero e mais de quatro mil mulheres morrem vítimas da doença nesse período. E a maioria das mulheres se infecta entre os 18 e 25 anos.