Aconteceu, entre os dias 14 a 16 de maio, no Hotel São Sebastião em Florianópolis, a primeira Conferência Estadual de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Travestis de Santa Catarina, com o tema “Direitos Humanos e Políticas Públicas: O caminho para garantir a cidadania de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais” e, como objetivos, propor diretrizes para a implementação de políticas públicas à Cidadania e Direitos Humanos de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais – GLBT, ao mesmo tempo, avaliar e propor estratégias para fortalecer o Programa Brasil Sem Homofobia.
Participaram da Conferência, como delegados, observadores e convidados cerca de 150 pessoas, entre gays, lésbicas, transexuais, transgêneros, heterossexuais e travestis da grande Florianópolis, Criciúma, Tubarão, Chapecó, Xanxerê, Joinville, Balneário Camboriú, e outros municípios catarinenses. Foram abordados temas como Direitos Humanos, Justiça e Segurança Pública, Saúde, Educação e Comunicação, Trabalho, Emprego e Previdência Social e Cultura, Esporte, Turismo e Cidades considerando os temas transversais.
A Conferência foi um marco histórico no cenário nacional que, iniciado em 2004, com a criação, na Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, do Programa “Brasil sem Homofobia”, cujas ações possibilitaram a implantação de Centros de Referência em Direitos Humanos em todas as unidades da Federação e Combate à Homofobia, cinco núcleos de pesquisa em Direitos Humanos e Combate a Homofobia, além de financiar Projetos de Capacitação em Direitos Humanos da População GLBT, possibilitou a eleição de 23 delegados (15 da sociedade civil e 8 do Governo do Estado de Santa Catarina).
Estas vagas foram divididas por identidade de gênero, ou seja, 50 % para o público feminino e 50% para o público masculino assim distribuídos consensualmente: duas transexuais, três travestis, duas bissexuais e duas lésbicas, perfazendo um total de 9 vagas para o gênero feminino, para o gênero masculino ficou assim definido, uma transgênero, um bissexual e quatro gays. Ainda foram obtidas uma vaga para transexual, uma para lésbica e uma para gay nas vagas do governo. Todos estes irão a Brasília encontrar-se com congêneres de outros Estados da Federação para, juntos, debaterem e aprovarem as propostas de cada um dos 27 Estados da Federação que se farão presentes na Conferência Nacional, estas propostas irão tornar-se em projetos de leis, metodologias e meios para o combate a discriminação da comunidade GLBT brasileira. Estima-se que o número de pessoas, da Sociedade Civil Organizada e de órgãos Públicos, na Conferência Nacional, chegue próximo a mil pessoas.
