As travestis que se envolveram numa confusão com o atacante Ronaldo, há duas semanas, voltaram atrás nas acusações e disseram estar arrependidos, segundo o delegado Carlos Augusto Nogueira.
As travestis Andréia Albertini e Carla Tamine estiveram na delegacia da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, para prestar depoimento. Na nova versão, elas afirmaram que não houve consumo de drogas nem sexo com o jogador do Milan.
“Eles confessaram que mentiram sobre tudo que disseram. Não houve droga nem sexo naquela noite. Eles contaram que inventaram tudo, porque não conseguiram receber o dinheiro que pretendiam com a tentativa de extorsão”, disse o delegado aos jornalistas.
“Eles queriam se promover e a oportunidade era a salvação deles. Ficamos surpresos com o que foi dito… eles ficaram chateados, porque Ronaldo desistiu do programa ao ver que eles não eram mulheres”, afirmou Nogueira, acrescentando que as travestis chegaram a chorar durante o depoimento.
O incidente com Ronaldo aconteceu no último dia 28. Segundo a polícia, o atleta deixou uma boate e se dirigiu a um motel com três pessoas. Depois de perceber que se tratavam de travestis, ele teria oferecido 1.000 reais para as três desistirem do programa. Duas travestis teriam aceitado o acordo, mas a terceira, Andréia, teria cobrado 50.000 reais para que o assunto não fosse vazado para a imprensa.
A travesti Andréia pode ser indiciado por furto (do documento do carro de Ronaldo) e tentativa de extorsão.
O site oficial do UNICEF do Brasil estampa uma nota, negando o envolvimento da instituição com Ronaldo. O comunicado, divulgado desde a semana passada, diz que o brasileiro não é, e nunca foi, embaixador do Fundo das Nações Unidas para a Infância.
