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A indústria do sexo – videos pornôs gays

Redação Lado A 15 de Setembro, 2008 05h27m

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Em enquete realizada em nosso site, aproximadamente 40% dos internautas que participaram da pesquisa “Você curte filmes pornográficos? Queremos saber como” responderam que preferem assistir gratuitamente pela internet. Apenas 4% disseram que alugam este tipo de filme em vídeolocadoras e quase 11% afirmou que não gostam dos pornôs.

Muita gente tem fetiche com atores que trabalham em filmes pornôs. Em geral as pessoas imaginam coisas, pensam em como deve ser esse trabalho, e deliram muito. Mas quais os verdadeiros mistérios que rondam essa indústria bilionária? Números extra-oficiais falam de cifras em torno 9 a 13 bilhões de dólares de arrecadação anual.

A indústria cinematográfica pornô está se tornando cada vez mais desenvolvida e hoje é possível encontrar em vídeolocadoras todos os estilos de filmes adultos graças à grande diversidade de pessoas e estilos. O filme pornô é bastante procurado, na maioria por homens, as mulheres somam pouquíssimas locações. O pornô gay existe no Brasil há muitos anos, mas ainda é tabu para muitos, a vergonha ainda é o principal motivo pela pouca procura pelos títulos gays.

Existem vários estilos de filmes pornôs e eles buscam satisfazer ou aumentar o fetiche. Há filmes envolvendo sexo com animais, com objetos, sadomasoquismo, lesbianismo, com cenas bissexuais, travestis, homossexuais mas os filmes héteros ainda são a maioria e vão continuar sendo por muito tempo. Isso porque no Brasil são poucas empresas que investem no gênero gay, até por uma questão de marketing, já que filme homossexual quase não se tem rotatividade nas prateleiras.

Boys In The Sand. Produzido e dirigido por Wakefield Poole, em 1971, tem importância cultural por ser um marco na história da mídia e da visibilidade da homossexualidade.

É claro que, antes de Boys In The Sand, filmes com sexo explícito entre homens existiam há muito tempo – mas a produção limitava-se a curtas-metragens amadores exibidos em circuitos underground. Então, quando Boys In The Sand surgiu e quebrou alguns tabus, passou a ser historicamente considerado como “o primeiro filme pornô gay” pelo seu pioneirismo em alguns aspectos, pois foi o primeiro filme pornográfico gay a ter duração de longa-metragem, a estrear nos cinemas “oficiais”, a exibir créditos com os nomes dos atores e a faturar mais de 1 milhão de dólares. Além disso, Boys In The Sand é também responsável pela criação do primeiro ícone pornô gay masculino (o ator Casey Donovan) e é o único filme pornográfico já resenhado pelo tradicional jornal The New York Times em toda a sua história. O filme, entretanto, nunca foi lançado no Brasil.

Na indústria do cinema pornográfico gay nacional, se destacam as produtoras “Ícaro Estúdio” e “Sex Boys” “Brasileirinhas”, que produzem muitos filmes e são os mais conhecidos do ramo e exportam suas produções. Há também os estúdios quase caseiros que dificilmente sobrevivem muito tempo, já que os filmes acabam praticamente esquecidos nas prateleiras dos vídeos locadoras.

Entretanto, segundo João Marques, sócio da Hunter Vídeoclub, locadora especializada em filme eróticos para o público masculino, a preferência do público ainda é por títulos estrangeiros. “Os títulos nacionais ainda deixam muito a desejar. As produções são fracas ainda e os atores não mostram muito tesão nas cenas de sexo.”, afirma o empresário.

Segundo João, a procura por filmes pornôs são de pessoas mais velhas e títulos que tenham atores “teens” ou travestis. Os jovens ainda não têm o costume de locar estes filmes, acredita ele que por vergonha ou até mesmo por discrição.

A Hunter conta com um acervo de mais de 300 títulos, na sua maioria gay. Além de ser um ambiente exclusivo para o público masculino, o vídeoclub conta com duas salas coletivas de exibição de filmes hétero e gay e cabines privês com vídeo.

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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