O juiz da Primeira Vara de Registros Públicos de Cartas Precatórias da Comarca de Curitiba autorizou Carla, uma transexual, a oficializar este nome em seus registros mesmo sem ela ter passado pela cirurgia de readequação genital (mudança de sexo), conforme exigiam decisões anteriores no estado. Carla irá manter seu sobrenome e deixará de se chamar Renato.
“Recentemente, no Rio Grande do Sul, uma pessoa conseguiu o mesmo, mas a mudança foi condicionada à realização de cirurgia, o que não aconteceu por aqui”, diz a advogada de Carla, Silene Hirata, que entrou com o pedido. A sua cliente passou por dois anos de acompanhamento psicológico e tem um forte histórico de preconceito contra ela, tudo isso foi considerado pelo juiz que foi respaldado na Constituição para garantir a dignidade e direitos de Carla.