Pesquisa revela que preconceito nas escolas prejudica desempenho de alunos

Redação Lado A 29 de Outubro, 2009 18h18m

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Um estudo realizado para o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) foi apresentado na audiência pública para discutir a homofobia nas escolas, na Câmara Federal, a pedido do deputado Iran Barbosa (PT-SE).


A pesquisa foi feita em 501 escolas públicas do Brasil e mostrou que o alto grau de preconceito e discriminação pode afetar o desempenho dos alunos. 99,3% dos entrevistados demonstram algum tipo de preconceito ético-racial, socioeconômico, com relação a pessoas com deficiência, gênero, geração, orientação sexual ou territorial.


O estudo chamado de “Preconceito e Discriminação no Ambiente Escolar”, foi divulgado no final do primeiro semestre deste ano, e entrevistou 18,5 mil alunos, pais e mães, diretores, professores e funcionários e teve os dados representados na audiência pública das Comissões de Legislação Participativa (CLP) e de Educação e Cultura (CEC) da Câmara Federal, na última semana. A pesquisa mostrou que 96,5% dos entrevistados têm preconceito com relação a pessoas, com deficiência, 94,2% tem preconceito étnico-racial, 93,5% de gênero, 91% de geração, 87,5% socioeconômico, 87,3% com relação à orientação sexual e 75,95% têm preconceito territorial.


Em 2004, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), levantou os seguintes números depois de realizar uma pesquisa: 40% dos adolescentes não gostariam de estudar com homossexuais e 60% dos professores não sabem como lidar com um homossexual em sala de aula. A pesquisa foi realizada em 14 capitais brasileiras e foram entrevistados 16.422 alunos, 3.099 educadores, 4.532 pais e mães de alunos.


“Para alterar essa realidade, é fundamental a realização de ações como as contempladas pelo projeto Escola sem Homofobia”, disse o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, durante a audiência pública.

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