Natalia Batista, 23 anos, participou na semana passada do Festival Internacional de Banda Desenhada Amadora (FIBDA), em Portugal. A jovem, filha de pai português e mãe sueca, produziu um mangá (desenho japonês) fora do convencional. Em Yaoi Hentai, estilo de quadrinhos homoeróticos, não há super-herói, vilão ou qualquer outro personagem típico do mundo HQ, mas homoerotismo explícito feito para mulheres heterossexuais e gays.
Natália também aborda a homofobia. Em entrevista dada ao site Timeout, a jovem disse que a melhor maneira de provocar o leitor a respeito do tema é com desenhos fortes, que chamem a atenção. “Permitir às mulheres desenhar e ler histórias em quadrinhos com dois homens é libertador. É mesmo uma forma de feminismo”.
E para não excluir nenhum tipo de gênero, Natalia criou o manga Yuri, com cenas de sexo entre mulheres lésbicas destinado a homens heterossexuais. Além dos mangás, a portuguesa já lançou dois livros: Only (24 páginas) e A Song for Elise (200 páginas, em inglês).