Redação Lado A | 16 de Novembro, 2009 | 17h43m |
A estudante de turismo Geisy Arruda, 20, recebeu nesta semana convite para desfilar na Escola de Samba Unidos do Porto de Pedra, que fará uma apresentação sobre moda no próximo Carnaval. O presidente da Escola, Uberlan Pereira, disse que chamar Geisy é um ato contra o preconceito. “As pessoas podem até não gostar da roupa que os outros usam, mas jamais podem fazer o que fizeram”, disse.
Além do desfile, a jovem já recebeu convites para entrevistas, tratamento de beleza de profissionais conceituados, protestos a seu favor e propostas de outras instituições de ensino, que ofertaram bolsa integral para conclusão de seu curso. No Youtube, há paródias a respeito do acontecido.
A Uniban, faculdade em que a jovem estuda – ela afirmou que vai continuar na instituição até o fim do semestre – promoveu palestras para discutir a cidadania e o respeito. O senador Eduardo Suplicy esteve presente. Além de falar sobre o ocorrido, Suplicy se ofereceu para acompanhar Geisy no retorno às aulas.
A menina disse ao site G1 que ainda tem medo de voltar para faculdade e ser humilhada novamente. Em compensação, quando sai às ruas, Geisy só recebe palavras de carinho. No final de semana ela esteve em um shopping com a família.
Caso da Uniban
No dia 22 de outubro a estudante foi hostilizada por usar um micro vestido cor de rosa nas dependências da Uniban, em São Bernardo do Campo, interior de São Paulo. A jovem teve que ser escoltada por policiais, pois a multidão que a cercava gritava ofensas e demonstrava preconceito. O caso gerou polêmica e repercutiu no Brasil inteiro e no exterior.
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