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General americano acusa soldados gays da Holanda por derrota na Bósnia

Redação Lado A 22 de Março, 2010 22h41m

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Na última quinta feira, no Congresso dos EUA, foi debatida novamente a participação de soldados gays nas Forças Armadas. Segundo o general reformado que chegou a ser comandante da OTAN, John Sheehan, contrário a colaboração dos LGBTs, a presença de homossexuais nas tropas holandesas colaboraram para o massacre em Srebrenica, na Bósnia, em 1995.

Para Sheehan, “a inclusão de gays declarados tornou a força holandesa fraca e desmoralizada”, o que levou a sua rendição e a morte de mais de 7 mil muçulmanos. Ele teria dito ainda que ouviu este argumento de um militar holandês.

A declaração recebeu críticas, principalmente dos holandeses. Para o primeiro ministro holandês, Jan Peter Balkenende, as declarações foram “infelizes”. Já o ministro da Defesa holandês, Eimert van Middelkoop, classificou as declarações como “não são dignas de um soldado”.  Middelkoop ainda afirmou que o incidente foi investigado na época e que a sexualidade dos soldados não foi agravante no quadro da tragédia.

Inglaterra, Austrália, Canadá, Israel, entre mais de 20 países, já permitem gays nas Forças Armadas. No Brasil o assunto é um tabu, mas o artigo 235, do Código Penal Militar diz “Praticar, ou permitir o militar que com ele se pratique ato libidinoso, homossexual ou não, em lugar sujeito a administração militar”, que penaliza em até de seis meses a um ano de detenção o militar condenado por este artigo.

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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