Dilma Rousseff se reuniu com líderes religiosos para falar sobre sua proposta de governo, neste sábado, dia 24 de julho, em Brasília. Do lado de fora, alguns evangélicos protestavam com cartazes escrito “Quem apóia a Dilma é contra a Bíblia”.
A petista ainda ouviu de um grupo de evangélicos da Igreja Batista que devido ao seu apoio ao casamento gay e à liberação do abordo, a candidata não teria o apoio da comunidade evangélica. Ainda com a resistência dos fiéis, Dilma discursou por 25 minutos, enquanto a igreja ia se esvaziando aos poucos. “Eu sou a favor da vida em todas as suas dimensões e todos os seus sentidos. Sou a favor da preservação da vida”, dizia a candidata.
Ainda que utilizando bordões comuns aos evangélicos, Rousseff, pedindo “discernimento” e “sabedoria” a Deus para seu governo e orações por parte dos fiéis para ela, não conseguiu cativar muitos dos presentes. Após o discurso da pré-candidata, o bispo Manuel Ferreira (PR-RJ), deputado federal e presidente da Associação das Assembléias de Deus no Brasil, saiu em sua defesa e declarou: “O Brasil está numa posição privilegiada. E, se está numa posição privilegiada, por que mudar de rumo? É por esta razão que venho fazer o pedido para o Brasil religioso se empenhar. Temos aqui a timoneira do rumo certo. Vamos fortalecer e vamos no rumo certo, em nome de Jesus”.
Antes de terminar seu discurso, o religioso ressaltou que matérias polêmicas como a liberação do abordo e a sanção do projeto de lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo deva ser discutido e analisado pelo Congresso. Pois, para ele, essas questões não competem ao poder Executivo.
