Uma jovem que decide fugir de uma desilusão amorosa vai viver em Montreal, Canadá, conhece uma médica casada em um restaurante e se apaixona. É nesse clima de amor platônico que o livro “Mesa 27” desenvolve sua trama. Escrito pela gaúcha de Porto Alegre Adriana Nicolodi, o conto lançado no final de 2009 se converteu em um dos livros com temáticas LGBT mais comentados na região Sul.
Nicolodi, formada em gastronomia e assumidamente homossexual, decidiu apostar em seu hobby de escrever para lançar uma produção literária voltada ao público lésbico. O que eram apenas “rabiscos” se converteram em um livro o qual, para a autora, serve para desmistificar o mundo da homossexualidade.
“Mesa 27” narra a história de Nina, uma jovem brasileira que sofre uma desilusão amorosa e decide mudar-se de país para esquecer o término da relação conturbada. Instalando-se na capital do Canadá, Nina começa a trabalhar em um restaurante onde conhece a médica Allegra Cavazza, por quem logo se apaixona. A partir de então, a brasileira começa a viver um amor platônico e busca tornar essa paixão real entre as duas, um dos grandes problemas enfrentados é o fato de a médica ser casada.
Por fim, após intensa insistência de amigos e leitores, a autora do livro decidiu disponibilizar um epílogo com um breve resumo do paradeiro da protagonista do romance. Aos interessados em acompanhar a continuação da história de “Nina”, acesse HTTP://mesa27.blogspot.com e conferir as páginas inéditas do livro.
Confira abaixo um trecho no livro “Mesa 27”, de Adriana Nicolodi, pela editora Livronovo:
“Ela então sorriu satisfeita — tinha arrancado de mim aquela confissão — segurou minhas duas mãos e com gesto brusco as co¬locou por trás de meu próprio corpo, como que algemada, daquela maneira ela me segurava firme e me mantinha contra seu corpo de tal forma que eu ficasse totalmente presa, eu estava assustada, já ela, continuava sorrindo com um ar malicioso, seus lábios estavam tão próximos aos meus que eu quase os podia sentir, a sua respiração estava tão perto que entrava em minhas narinas, fazendo-me com¬partilhar com ela o mesmo ar, me deixando em chamas…”