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Um dia desses reparei que no Facebook existe uma ferramenta muito usada para paquerar. É a cutucada. Como sempre, quando me liguei no assunto, muita gente já tinha passado na minha frente no quesito “arrumar marido” com isso. Tenho até um antigo paquera que me deixou de lado por causa de uma cutucada por lá. (Inferno!).
O fato é que eu tinha uma lista de umas trinta cutucadas só esperando para serem respondidas. E bom, eu constatei que alguém realmente escreveu meu nome num papel em caneta vermelho-sangue, jogou dentro da boca de um sapo e costurou com fio de aço.
Por quê? Simples. Depois de cutucar quem havia me cutucado, estou aqui. Solteiro.
Ah, por falar em solteirice e em Facebook, resolvi apelar para um amigo e perguntar: “Por acaso seu namorado tem algum amigo desimpedido pra me apresentar?”. E me surpreendi com a resposta: “Sim”. (Geralmente é não). Pedi o nome do cidadão em questão e fui averiguar o perfil dele no Facebook. E nossa! Lindão! Logo pensei: “Solteiro por quê? Ih, bonito assim? Tem algum defeito! Só pode!”. Respirei fundo e resolvi deixar o pessimismo de lado. Cliquei em “Mensagem” e escrevi o seguinte texto: “Você não me conhece. Mas acho que ainda é tempo de reparar essa falta! rs
Desculpe a ousadia, mas é que curti seu perfil. Daí, antes de adicionar resolvi mandar essa mensagem para “sondar” o território.Tudo bem contigo? Bjs”.
Tentei escrever uma coisa engraçadinha e sair do convencional. Certeza que você está rindo da minha cara agora, né? Deve ter pensado: “Meu filho, acorda! Ninguém precisa amarrar seu nome e botar na boca do Sapo. Com uma cantada assim, você se queima sozinho!”. Mas você riu em vão. Eu tenho amigos! E o mesmo amigo que me deu a dica do bom partido disponível em questão, foi o que quase me matou via MSN quando eu copiei e colei a mensagem acima, antes de enviá-la. Confesso que fiquei assustado com a reação dele. Porque achei o texto tão normal. Daí resolvi perguntar e ter segunda opinião. Chamei outro amigo, expliquei o que acontecia e mostrei o texto da mensagem. A resposta dele foi essa: “KKKKKKKKKK. Vai pedir pro cavalheiro te conceder a honra da próxima dança? Tá muito formal isso aí!”. Ou seja, ia queimar meu filme.
Então, depois de ser aconselhado pelos dois amigos citados, optei por, simplesmente, adicionar o dito cujo e só mandar uma mensagem depois. Fiz isso. O cara me aceitou. E lá fui eu, morrendo de medo de escrever besteira, mandei uma mensagem sem graça, simples e objetiva: “Obrigado por me adicionar. Se tiver a fim, me adiciona no MSN. Bjs”. E adivinha?! Nada aconteceu. Eu ainda mato quem botou meu nome da boca do maldito Sapo! Ah, se mato!
Todo esse drama pra não dar em nada. Bom, pelo menos rendeu esse texto. Uma última coisa: Isso de cutucar o povo via Facebook é bem legal. Mas se liga! Cutucou alguém que te cutucou de volta? Manda mensagem. Adiciona. Faz qualquer coisa! Só não fica cutucando o dito cujo até 2012. A única coisa que me irrita mais do que gente que bota olho gordo na vida amorosa alheia, é gente sem atitude na hora da paquera. Eu pelo menos tento.
E você achava que porque escrevo aqui para a Revista Lado A e pro Blog DQOGG, eu arrasava nas cantadas escritas, né? Ih, depende da inspiração. Um dia ainda reúno minhas melhores cantadas e faço um texto com elas. Por enquanto resolvi compartilhar a pior, que é pra servir de exemplo a NÃO ser seguido!
Visite o Blog do Leandro: www.doqueosgaysgostam.com
SOBRE O AUTORRedação Lado AA Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa |
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