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Os 23 atletas gays assumidos em Londres ganharam seis medalhas de ouro, uma prata e dois bronzes

Redação Lado A 27 de Agosto, 2012 20h37m

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Se fossem uma nação, os 23 atletas gays de Londres teriam ficado em 20° lugar nos jogos se considerássemos apenas quatro medalhas de ouro, já que três das seis medalhas de ouro foram de jogadoras lésbicas do time de hockey na grama dos Países Baixos (Carlien Dirkse van den Heuvel, Maartje Paumen e  Marilyn Agliotti). Ainda assim ficariam a frente do Brasil, Espanha, África do Sul e outros países. O resultado é espantoso, mostrando um aproveitamento de quase 40%!
 
Dos 12 mil atletas que participaram dos Jogos Olímpicos de Londres, realizados de 27 de julho a 12 de agosto na capital inglesa, 23 deles eram homossexuais assumidos, conforme lista divulgada anteriormente aqui na Lado A. Também divulgamos a estatística de que segundo uma pesquisa recente do site OutSport.com, historicamente 104 atletas assumidamente homossexuais passaram por Olimpíadas e 53 deles subiram ao pódio. A previsão de quase metade dos atletas gaysreceberem medalhas se confirmou, o surpreendente este ano foi a quantidade de ouros.
 
As outras medalhas do “gay team” foram para Carl Hester (Reino Unido), ouro na equitação por equipe. Edward Gal, dos Países Baixos, bronze na mesma modalidade. Lisa Raymond, dos Estados Unidos, levou sua medalha de bronze nas duplas do tênis. Já Judith Arndt (Alemanha) ficou com a prata no ciclismo individual por tempo. Seimone Augustus faturou seu ouro com o time de basquete dos Estados Unidos e a também americana Megan Rapinoe ficou com o ouro no futebol.
 
O interessante é que tirando a ciclista alemã Judith Arndt (foto), todas as medalhas conquistadas foram em modalidades por equipe, o que fortalece a declaração de Dada Maravilha, campeão da Copa de 70 pela seleção brasileira, em 2006: “Time que quer ganhar título tem que ter uma bicha. Eles são gentis, unem e organizam o grupo. Todo time em que joguei e fui campeão tinha um gay”. Faria sentido, se a maioria das medalhas não tivesse sido conquistada por mulheres.
 
Isso sem falar nas medalhas conquistadas por atletas gays não assumidos, ao menos publicamente. Uma pena o Brasil não poder colaborar com essa lista.
 
Redação Lado A

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Redação Lado A

A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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