A cantora Cyndi Lauper, 59 anos, assina com a escritora Jancee Dunn sua autobiografia “Cyndi Lauper: A Memoir”, lançada no último dia 18, nos EUA. Cindy foi diva do Pop nos anos 80 e 90 e fez sucessos com hits como “Girls Just Wanna Have Fun”, “Time After Time” e “True Colors”. Depois deste último single, ela virou a madrinha dos gays, a quem dedica parte de sua vida e renda de seus espetáculos.
Em um dos momentos reveladores do livro, ela conta o estupro do qual foi vítima nos anos 80, quando um músico de sua banda a violentou com um dildo, com a ajuda de duas mulheres. Apesar de chocada com o que passou, ela permaneceu com a mesma banda e abafou o acontecido. Foi a primeira vez que ela contou sobre este e outros diversos abusos sexuais que viveu durante sua vida.
Ela abandonou sua casa depois de ser violentada pelo próprio padrasto, aos 17 anos, que também abusava de sua irmã. Fugiu do Queens e saiu pelo mundo de carona. Em outros momentos dramáticos de sua vida, enfrentou um aborto a contra gosto e ainda pensou por diversas vezes no suicídio quando pressionada pela fama. “Eu tentei escrever uma história honesta como eu me sinto como uma mulher honesta que viveu a vida segundo seus próprios termos”, afirmou a cantora nova-iorquina em uma entrevista para uma rádio. “Eu queria ter o meu som. Eu queria ter o meu visual. Eu queria que fosse sobre mim e o que eu queria contribuir”, explicou Cyndi a obra.
O que mais sensibilizou a cantora para a causa gay foi ver os jovens gays abandonados nas ruas, com quem teve contato por meio de sua fundação True Colors. “Mais de 40% dos jovens nas ruas são gays ou transgêneros e eles só estão nas ruas por serem gays ou transgêneros. Nós percebemos que isso é consertável. Nós poderíamos consertar isso. Nós podemos arrumar isso”, disse a cantora que foi ela mesma uma adolescente sem teto.
O livro pode ser encontrado por US$12.99 na amazon.com, em inglês.