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Líbia: Embaixador americano era homossexual e teria sido violentado antes de morrer

Redação Lado A 18 de Setembro, 2012 13h15m

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Os protestos no mundo árabe contra o filme Inocência dos Muçulmanos, que satiriza o profeta Maomé, já se alastrou por mais de 20 países do Oriente Médio e Ásia. Os protestos começaram no dia 11 de setembro, aniversário do atentado terrorista contra os EUA. No mais grave dos incidentes, no dia 11 de setembro, quatro norte americanos foram assassinados na invasão ao consulado dos EUA em Benghazi, na Líbia, resultando na morte do embaixador Chris Stevens. 

O governo norte americano não comenta mas a imprensa internacional já sabe que o embaixador era homossexual. Em plena disputa das eleições nos EUA, a opinião pública quer saber como o governo Barack Obama enviou um diplomata homossexual para um país islâmico. Há indícios ainda de que ele teria sido violentado antes de sua morte pelos manifestantes muçulmanos, conforme noticiou o jornal árabe Tayyar. Apesar de o site libanes atribuir a fonte a agência francesa AFP, que não noticia o fato, a semelhança com a morte do ditador Muammar Gaddafi que foi violentado e exibido em praça pública, sugere que o embaixador foi vítima de uma retaliação orquestrada, talvez por apoiadores do antigo regime.

Stevens era homem de confiança da secretária de Estado Hillary Clinton e desenvolveu papel importante após as revoltas populares contra o regime de Gadddafi, em abril de 2011, em maio deste ano, ele foi designado oficialmente como embaixador. Desde 2006 ele já trabalhava no país coordenando negócios entre os dois países. Segundo o governo dos EUA, populares quem levaram o embaixador até o hospital onde chegou sem vida. Ele estaria na cidade apenas de passagem, já que permanecia na embaixada em Trípoli.

 
Em todo caso, parece que os EUA não estão dando a devida atenção aos “protestos” em pleno 11 de Setembro e a morte de um embaixador em serviço. O foco do país estaria nas eleições americanas e o próximo presidente já ganhou um grande trabalho para cumprir.
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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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