O debate marcado para a noite da última terça feira na UFPR por representantes de organizações em defesa da comunidade de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTT) de Curitiba não contou nem com os candidatos e nem com representantes das candidaturas de Gustavo Fruet e Ratinho Junior. Os candidatos que disputam neste domingo o segundo turno das eleições municipais de Curitiba estavam em uma sabatina na ÓTV e não responderam ao convite do debate, protocolado com os respectivos comitês. Apesar da ausência dos candidatos, e da chuva, aproximadamente 60 pessoas prestigiaram o evento.
Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais (ABGLT) abriu o evento, dando satisfação sobre a não participação dos candidatos. Ele anunciou a assinatura de um termo de compromisso pelo candidato Gustavo Fruet, falou da mudança de postura de Ratinho Junior que anunciou que iria assinar o termo mas acabou desconversando. Gays, lésbicas e transexuais ligadas aos partidos PSOL, PT, PSTU, PSB, PC do B e PTN debateram sobre o segundo turno e deram o posicionamento dos partidos sobre a questão gay e sobre qual candidatos apoiavam ou não nesta etapa das eleições. Foi então debatido o posicionamento dos dois partidos e a questão de o movimento apoiar ou não algum nome. Foi decidido que não seria apoiado nominalmente nenhum candidato mas esclarecido a postura de cada um deles sobre a comunidade gay.
Aproveitando a reunião, foi apresentada a denúncia de que 15 militantes gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais de Curitiba sofreram ameaça de morte após a última Parada LGBT. Todos registraram boletim de ocorrência e uma equipe da Secretaria Especial de Direitos Humanos foi mobilizada para acompanhar as investigações das denúncias. Ao final, foi deixado claro que a comunidade evangélica não é inimiga dos gays e que o voto consciente já é percebido pela maioria da população.