Em menos de 6h, militantes gays e LGBTs de Maringá, a 428km de Curitiba, no Norte do Paraná, reagiram a uma das manifestações de homofobia mais gritantes dos últimos tempos no Paraná. Um grupo denominado católico empunhou no Centro da cidade por todo o dia de ontem, dia 07, cartazes provocativos, condenando a homossexualidade e o casamento homoafetivo, afirmando que os mesmos não eram divinos e que as crianças deveriam ser protegidas.
Na internet, o grupo de mobilizou e confrontou pacificamente os membros do Arautos do Evangelho, entre outras denominações, que pediam buzinadas contra o casamento gay. “Buzine pelo casamento como Deus fez: Um homem e uma mulher” e traziam cartazes como “Contra o aborto e a ditadura homossexual. Peçamos à santíssima Virgem que proteja o futuro de nossos filhos”.
O grupo de mais de 20 LGBTs se posicionou no canteiro à frente dos homofóbicos e empunhou cartazes contrários ao que era pregado pelo outro pessoal. “Deus não é homofóbico”, “Buzine pelo casamento gay”, “Deus ama todos”, entre outros diziam os cartazes dos LGBTs.
O segundo beijaço da cidade – o primeiro foi realizado há cerca de oito meses, em protesto a desatenção da prefeitura a comunidade gay – já foi marcado para esta sexta-feira, dia 11, às 18h, na praça da antiga rodoviária. Com o nome “Existe amor em Maringá”, 150 pessoas já confirmaram na internet presença na manifestação.
Segundo o movimento LGBT da cidade, em 2012, foram registradas 26 tentativas de suicídio de adolescentes gays, quatro suicídios, 49 casos de agressão por motivo de homofobia e 73 adolescentes foram expulsos de casa pela sua família. Entre 2010 e 2012, 6 travestis foram assassinadas na cidade.