Nos últimos meses, uma dupla de sertanejo-universitário vem ganhado repercussão na mídia e não é por causa do seu tom de voz macio, seu timbre acentuado e sim porque trata-se da primeira dupla de sertanejo assumidamente lésbica. A dupla tem como nome artístico “ As Bofinhas”.
A primeira dupla sertaneja GLS é formada por Eduarda Maria e Aline Criscolim. O início aconteceu a partir de uma brincadeira em uma rede social, onde foi criada uma fanpage. No dia seguinte, o telefone de Duda recebeu várias chamadas para saber mais informações das cantoras.
Repentinamente, a dupla recebeu centenas de seguidores, foi então que a decidiram criar “As Bofinhas”, nome dado em alusão ao papel masculino em relação homossexual feminina, ou ao estereótipo da lésbica masculinizada. A música de apresentação ‘A Onda Agora é Só Ficar’ foi escrita por Marcos Fernandes, amigo e compositor, a pedido de Eduarda, que é carioca. A música tem melodia agradável para quem gosta do gênero. Elas pegam pesado na defesa dos direitos gays, o que as diferencia de muitas lésbicas artistas por aí.
A paulista Aline teve as primeiras experiências com música na igreja evangélica Deus Presente e aprendeu a tocar bateria aos 15 anos. Na mesma denominação até hoje, ela ressalta que “Deus ama o homem incondicionalmente”.
“Sou de uma igreja inclusiva que aceita as pessoas como elas são, aliás, Deus aceita o ser humano como ele é, porque todos nós somos filhos dele, o preconceito, as mazelas, o engano e a discórdia, é criação da mente fétida de seres humanos maldosos, que querem denegrir a imagem do outro, porque não concorda com seus ideais”, disse Aline recentemente ao portal Vírgula.
Confira o clipe em clima de making of de “A onda agora é só ficar”: