Roger Gorley foi visitar esta semana seu companheiro Allen, com quem vive há 5 anos e foi surpreendido com a notícia de que a família de seu parceiro não desejava a sua presença. Ele foi preso e impedido de visitar o companheiro por uma ordem judicial. O hospital ignorou uma medida do presidente Obama, em 2010, que afirma que deve ser respeitado o direito do paciente em escolher o seu acompanhante. Em nota, o hospital Research Medical Center, de Kansas City, afirmou que não se tratou de preconceito, mas de uma decisão do que seria melhor para Allen, já que a família poderia dedicar mais tempo no acompanhamento e que Roger se mostrava alterado com a decisão.
“Eu não fui reconhecido como esposo, eu não fui reconhecido como parceiro. Nem tiveram o cuidado de verificar com nosso advogado os termos que fizemos comprovando que um é responsável pelo outro nesses casos” declarou o marido, desesperado, para a rádio WDAF.
Ocaso ganhou repercussão nos EUA como prova de que leis afirmativas nem sempre funcionam e é preciso o reconhecimento dos direitos dos casais do mesmo sexo de forma extensa e igualitária. O caso de Roger não é isolado, já que a maioria dos estados não reconhecem a união gay, queé o caso do Missouri, onde aconteceram os fatos. No Brasil, a interpretação fica por conta da família, mas a lei é clara que a família tem a preferência, então casos como esse não são raridade por aqui.
Em nota, o hospital afirmou: “Acreditamos que o envolvimento da família é uma parte importante do processo de cura do paciente. E as necessidades do paciente são sempre a nossa prioridade. Quando alguém se torna disruptivo para prover as necessidades de cuidado dos pacientes, nós envolvemos nossa equipe de segurança para ajudar a acalmar a situação e proteger os pacientes e equipe. Se a situação continua a crescer, nós não temos escolha senão solicitar assistência policial. O Research Medical Center afirma que não promove discriminação baseada em orientação sexual ou raça”, diz o comunicado que não se refere a esse caso específico, enviado ao site Huffington Post, que destacou o drama de Roger.