Santos: Rapaz alega que foi impedido de doar sangue por ser gay

Bruno Guedes, de 30 anos, foi impedido de doar sangue na última quarta-feira por conta de ser homossexual. Segundo informações do site “G1”, o rapaz está acostumado a doar sangue e, segundo ele, sempre responde o questionário obrigatório com sinceridade. Quando lhe perguntam se é homossexual, se tem uma relação estável e se mantém relação com outro homem num período de 12 meses, ele responde sim. Mas desta vez foi diferente, ao ser questionado pela enfermeira do Hemonúcleo do Hospital Guilherme Álvaro, de Santos, no litoral de São Paulo, a enfermeira disse que Bruno era considerado “inapto temporário”, baseada numa portaria do Ministério da Saúde. 

Para Bruno, o caso trata-se de preconceito, segundo informações do site, o rapaz promete inclusive providências. “Fiquei perplexo. Parece uma coisa corriqueira, mas estou indignado e realmente me senti discriminado. Não condeno quem tem relação com outros parceiros, mas no meu caso não se justifica a proibição”, comenta. Bruno ainda cita na reportagem que tudo isso é muito contraditório “Isso quer dizer que eu posso ser homossexual, mas não posso ter relação sexual com meu parceiro. É um absurdo”, desabafa o rapaz. 
 
A Portaria 1.353 do Ministério da Saúde, de 2011, que regula os procedimentos hemoterápicos, diz no Artigo 1º, Parágrafo 5º, que “a orientação sexual (heterossexualidade, bissexualidade, homossexualidade) não deve ser usada como critério para seleção de doadores de sangue, por não constituir risco em si própria”. Porém o Artigo 34 mostra que são considerados doadores  “inaptos temporários homens que tiveram relações sexuais com outros homens e/ou as parceiras sexuais destes”. A Secretaria de Estado da Saúde informou que todas as unidades estaduais de Saúde seguem as determinações preconizadas pelo Ministério da Saúde. 
 
Bruno pensa em entrar com uma ação na Justiça, para ele, uma pessoa saudável não pode ser impedida de fazer o bem, salvar vidas.
 
 
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