Mais de 200 educadores e educadoras da APP Sindicato participaram neste fim de semana do do primeiro seminário estadual “Por uma escola sem homofobia: avanços e desafios”. O objetivo do é fortalecer no ambiente escolar as ações de enfrentamento às diversas formas de violência que atingem as pessoas LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), sejam estudantes, trabalhadores(as) da educação, pais, mães ou responsáveis.
Após uma esquete do ator Rafael di Lari, a mesa de abertura falou sobre o evento e experiências com a secretária de Gênero, Relações Étnico-raciais e dos Direitos LGBT da APP, professora Elizamara Goulart; A; A presidenta da CUT do Paraná, Regina Cruz; O deputado estadual Professor Lemos; O professor Marcos Cruz Alves Siqueira, do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Diversidade Sexual da Universidade Estadual de Maringá (UEM); Edvar Robson Padilha, do Coletivo Estadual de Combate à Homofobia da APP-Sindicato; E o professor Toni Reis, representante da ABGLT e do Grupo Dignidade.
“A escola é um local que reflete tudo o que acontece na sociedade, inclusive os preconceitos e a violência. Mas precisamos estar preparados para lidar com estas situações e, principalmente, devemos fazer a diferença. Quando atuamos para modificar o cenário negativo dentro da sala de aula, podemos ter certeza que esta ação vai transcender os muros da escola e alcançar a comunidade. Queremos uma escola sem homofobia. Os movimentos sociais também lutam, entre outras coisas, por uma escola e um Estado laico. Tudo isso evoca a importância deste debate”, afirmou a professora Elizamara Goulart, da APP, secretária de Gênero, Relações Étnico-raciais e dos Direitos LGBT do sindicato.
“Remonta ao início dos anos 90. E, de lá para cá, o tema ganhou corpo na sociedade, mas isto não significa que a luta acabou. Precisamos brigar por políticas públicas que assegurem direitos. Precisamos ocupar os espaços de debates. A escola não é redentora, ela não vai acabar com os problemas do mundo, mas pode ajudar cada menino e menina a ter consciência de quão importante é o respeito ao diferente. Esta é a educação libertária à qual Paulo Freire se referia”, destacou a presidenta da APP, professora Marlei Fernandes de Carvalho.
O deputado Professor Lemos reforçou a análise da presidenta da APP, lembrando que foi a atuação do Coletivo de Combate à Homofobia do sindicato que acabou levando a criação de um departamento específico sobre o tema dentro da Secretaria de Estado da Educação (Seed). Lemos também destacou uma série de propostas, em defesa das minorias, que tem apresentado na Assembleia Legislativa do Paraná, um espaço que, segundo ele, é conservador, mas reflete claramente a sociedade. “Mas, mesmo lentamente, temos avançado. E, como educadores e educadoras, precisamos fazer a nossa parte”, avaliou.