Na sexta-feira, 28 de junho, Dia Internacional do Orgulho Gay, a presidente Dilma Rousseff recebeu no Palácio do Planalto representantes de diversos movimentos, uma das reniões foi com representantes do movimento gay. O dia era especial pois marcou os 44 anos da Revolta de Stonewall, em Nova York, dia histórico para o movimento gay moderno. A presidenta recebeu carta e demandas da comunidade gay e pediu mais dados sobre a violência homofóbica no país. Ela se comprometeu a trabalhar contra a discriminação e preconceito em seu governo.
Toni Reis, secretário da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), disse que ficou animado com o encontro, que há 2 anos a entidade tentava marcar uma reunião com a presidenta e que o movimento quer o fim do projeto da “cura gay” e uma lei que criminalize a homofobia. Ele comentou ainda que a presidenta falou “orientação sexual” cinco vezes e não usou o termo “opção” sexual, corretamente. Afirmou ainda que a presidenta foi simpática e que acredita que agora irão haver ações mais efetivas para a comunidade LGBT. Disse ainda que não se pode cobrar da presidenta críticas ao andamento de projetos pró LGBTs na Câmara.
Dilma, abriu a reunião comentando sobre o dia do orgulho gay mas não se posicionou sobre a “cura gay”. O encontro durou mais de uma hora e reuniu ainda as ministras dos Direitos Humanos, Maria do Rosário e Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, e o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho além de líderes de 15 organizações LGBT de todo o país. O tema geral do encontro foi preconceito a comunidade LGBT.
Na quinta-feira, o governo lançou o Sistema Nacional de Promoção de Direitos e de Enfrentamento à Violêcia contra LGBT no qual foi revelado que o número de denúncias de violência homofóbica – dados captados no Disque 100, Da Secretaria dede Direitos Humanos; No Ligue 180, da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM); E da Ouvidoria do Sistema Único de Saúde (SUS), do Ministério da Saúde – cresceu 166% em 2012, de 1.159 em 2011 para 3.084 em 2012, segundo o 2º Relatório Sobre Violência Homofóbica 2012. Ou seja, os dados já existem. O que falta é vontade política.