Enquanto a Comissão de Direitos Humanos e Minorias, presidida pelo deputado Marco Feliciano, coloca em pauta um decreto legislativo para a Resolução 01/1999 do Conselho Federal de Psicologia, a qual proíbe os profissionais psicólogos de promover a cura para a homossexualidade, alunos de Psicologia da FURB – Faculdade Regional de Blumenau protestam. Nesta semana, os alunos se reuniram em frente ao Bloco J da universidade e explicaram aos demais acadêmicos do que se trata a tentativa de colocar a homossexualidade novamente como doença com o projeto apelidado popularmente de ‘Cura Gay’.
Blumenau: Alunos de Psicologia da FURB promovem manifestação contra a “Cura Gay”
Desde 1970, ser homossexual deixou de ser paciente ou doente, ou ainda portador de transtorno psicológico pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM). Em 1990, foi a vez da Organização Mundial da Saúde retirar o ‘homossexualismo’ da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas relacionados com a Saúde (CID 10). Em 1999, o Conselho Federal de Psicologia, em acordo com a OMS, aprovou a Resolução No. 01/1999, que proíbe os psicólogos de ‘curar’ homossexuais ou promover tratamentos de reversão da homossexualidade.
“Posicionar-se é preciso. A intolerância para com as minorias e as diversidades tomou proporções que vão além dos processos de acolhimento e atingem um direito fundamental e universal de todos os animais: o de amar. Não podemos tratar como doença algo que não é patologia, mas uma condição de existência, e sim acolher o outro no seu sofrimento. Além disso, entendemos que uma pessoa que já exibiu publicamente atos de intolerância para com homossexuais e afrodescendentes não pode presidir uma comissão que se preza a defender as minorias e os Direitos Humanos. Desta forma, convidamos a todos para posicionarem-se no ato de repúdio à ‘Cura Gay’ e à presidência do pastor Marco Feliciano na CDHM”, afirmaram os responsáveis pelo protesto para um jornal local.
Durante toda a semana, uma bandeira do arco-íris com dizer contra a cura gay foi hasteada em frente a entrada principal da Universidade.