Na madrugada desta terça-feira, dia 25, no município de São José do Egito, no Sertão de Pernambuco, um grupo realizou um protesto contra o projeto de “cura gay” e a homofobia durante show da banda Calypso. A cantora leu os cartazes e chamou um dos representantes da manifestação a ir ao camarim, mas ele nunca chegou lá, pois foi violentamente agredido por seguranças do evento e até pelo prefeito da cidade!
Com cartazes com escrito como “Calypso precisa de cura” e “Feliciano representa Calypso”, em menção à fama de homofóbica da cantora que “brincou” uma vez que seu fã gay deveria se curar e outras declarações, como a que deu este ano à revista Época, em que comparou homossexuais aos drogados e também ao projeto de “cura gay”, aprovado na Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
O manifestante convidado a ir ao camarim, Antônio José de Lima Filho, 23 anos, relatou `{a polícia que foi expulso do camarim, depois tentaram tomar seu cartaz, em seguida, foi agredido fisicamente. Ele registrou boletim de ocorrência na delegacia da cidade no dia seguinte.
Ao G1, o rapaz afirmou: “O protesto seguia calmamente, até que no meio do show, ela [Joelma] disse que falaria comigo no camarim ao fim da apresentação. Fui com um rapaz da banda até lá, que perguntou sobre o cartaz e quis tomá-lo da minha mão. Ele ainda queria tomar meu celular, que eu queria usar pra fazer uma gravação. Não deixei que pegassem o meu cartaz, e foi aí que o prefeito [Romério Guimarães] segurou a minha mão e me conteve para pegarem meu cartaz. Me colocaram para fora feito um bicho, me chutando. Levei um murro na cabeça”, relatou o rapaz.
A assessoria da banda e da prefeitura negaram a agressão. A assessoria de imprensa da Calypso confirmou que Antônio José foi chamado ao camarim.