Em Nova York, no dia 28 de junho de 1969, em um bar com freqüência de homossexuais, o Stonewall Inn, a polícia deu uma “batida”, conforme fazia de costume. Gays constantemente eram alvo de extorsão e espancamento por parte dos policiais. E não reagiam, por medo de mais violência e preconceito. Considerados doentes mentais e pecadores, eles apenas sobreviviam e se escondiam da sociedade, como insetos noturnos.
Nessa ocasião, era o fim de semana da morte da atriz Judy Garland, a eterna Dorothy do filme O Mágico de Oz. O ambiente era de comoção e respeito à diva. Várias drag queens foram contra a atitude dos policiais que tentaram prendê-las sem motivo e foram defendidas por travestis, homossexuais e lésbicas. Um grupo reagiu com violência e se negou a sair do bar.
O protesto durou três dias marcados pelo NÃO À INTOLERÂNCIA e a data virou símbolo de quando os gays se organizaram como um movimento pela primeira vez e se recusaram a serem tratados como cidadãos inferiores. O fato ocorreu no bairro de Greenwich Village e, todos os anos, gays de todo o mundo se reúnem no mês de junho para comemorar o mês do orgulho gay com diversos protestos apelidados de paradas. O bar continua lá e em frente ganhou uma praça onde duas estátuas de casais do mesmo sexo, brancos, indicam o marco zero do movimento gay moderno.