Essas 10 pessoas são responsáveis por disseminar o preconceito, a ignorância, e colaborar para que a violência e discriminação contra a comunidade homossexual se perpetue no país. Como resultado, temos a cada 26h uma morte violenta de homossexual (GGB), casos diários de espancamentos e tentativas de homicídio, bullying nas escolas contra jovens homossexuais ou mais sensíveis, gays sendo expulsos de casa ou vítimas de violência dos pais, e ainda casos de suicídios.
As pessoas abaixo listadas não se consideram homofóbicas, mas são parcialmente responsáveis pelo preconceito e da discriminação que atinge todos os âmbitos da vida de um homossexual ou transgêneros no Brasil. A questão religiosa tem um forte peso, pois a maioria dos inimigos públicos dos gays no país usa a religião como justificativa para segregar pessoas e o fazem se valendo da liberdade de expressão e liberdade religiosa, novamente de forma errônea.
O projeto de decreto parlamentar que desejava permitir o tratamento de homossexuais que buscam diminuir o sofrimento de ser homossexual é um exemplo claro da intolerância. Se o indivíduo sofre exatamente pelo preconceito social, devemos tratar aqueles que pregam contra a dignidade de tal indivíduo, dizendo que ele está doente, comete pecado, é errado ou que precisa mudar seus sentimentos. O projeto de lei PLC 122, um possível antídoto contra o preconceito, que puniria a homofobia no país, segue parado, boa parte em razão dos políticos abaixo listados, que defendem o direito de se manifestarem de forma preconceituosa contra os homossexuais ou de não considerarem o tema importante por causa de suas convicções pessoais.
Note que a lista deste ano traz pela primeira vez três mulheres. A psicóloga paranaense Marisa Lobo, que luta pelo direito de tratar a homossexualidade segundo sua visão cristã; A cantora Joelma que comparou um homossexual com um viciado em drogas e ainda a presidente Dilma que vetou o projeto Escola sem Homofobia e depois de dois anos não se manifestou sobre o tema, após ter afirmado que “o governo não pode fazer propaganda de opção sexual”. O movimento gay cobra uma posição da presidenta, mas a mesma foge e não se manifesta publicamente sobre o tema. No último dia 28 de Junho, porém, a presidenta se reuniu com o movimento e deu sinais positivos de entender a questão, mas seu governo ainda está aquém do ideal para a comunidade gay e a votação, feita antes do tal encontro, sugere este descontentamento.
O júri convidado é mantido em segredo. Os mesmos podem declarar a participação livremente, se assim desejarem.
Confira abaixo a lista:
“Os 10 Inimigos públicos dos gays no Brasil 2013″
1 – Marisa Lobo Franco Ferreira Alves, Psicóloga
A psicóloga Marisa Lobo, membro da Igreja Batista de Curitiba, foi a público depois que foi denunciada no Conselho Regional de Psicologia por utilizar o termo “psicologia cristã” e defender publicamente a reversão da homossexualidade. Ela afirmou que não considera a homossexualidade normal e se refere a si como “nós, pessoas normais”, defende a Bíblia como argumento e diz que a homossexualidade é um comportamento. Ameaçada de ter seu registro cassado pelo Conselho Federal de Psicologia, ela ganhou mídia e apoio de políticos evangélicos em sua cruzada pela “cura gay”. O marido possui uma feira evangélica, e ela explora o filão por meio de livros e seminários, mas nega que tenha tratado algum gay.
O deputado paulista e dono de sua própria rede de igrejas, conhecido por suas declarações racistas e homofóbicas, a qual nega, esteve presente em nossas listas anteriores. Ele galgou a presidência da Comissão de direitos humanos na Câmara para pregar sua fé e defender projetos como o da “cura gay” e a derrubada da decisão do Conselho Nacional de Justiça que permitiu o casamento gay em todo o país. Entre suas declarações está o de que os heterossexuais e evangélicos que são discriminados no país e a existência de uma “ditadura gay”.
3 – Pastor Silas Malafaia
Um dos pastores evangélicos mais ricos do país, Silas Malafaia adora usar o tema da homossexualidade para se projetar. Fã do termo “ditadura gay”, psicólogo por formação, é a favor do projeto de cura gay. Aliás, ele mesmo defende que a homossexualidade é um comportamento que pode ser modificado. Com diversos programas em redes de TV, ele chegou a traduzir um livro homofóbico por meio de sua editora. Participa de debate contra a homossexualidade que, segundo ele, é uma “abominação”.
4 – Dep. João Campos (PSDB – GO)
7 – Cantora Joelma Mendes, da Banda Calypso
8- Dep. Antony Garotinho (PR-RJ)
9- Emerson Eduardo Rodrigues Setim
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