Com a aprovação no final de Julho do casamento gay na Inglaterra e País de Gales, o dicionário Oxford, editado pela tradicional Universidade de Oxford, anunciou que tem a intenção de acompanhar a alteração oficial e mudar o verbete “casamento” de união de “um homem e uma mulher” para união de “duas pessoas”. Outros dicionários já sinalizam que irão acompanhar o novo significado.
Para o porta-voz da Oxford University Press, há um departamento que acompanha a evolução da língua e todos os anos são incluídos ou modificados novos verbetes ou significados de centenas de palavras. O novo Oxford deve trazer a definição: “união formal de um homem e uma mulher, geralmente reconhecida por lei, pela qual eles se tornam marido e mulher. Em algumas jurisdições, uma união entre parceiros do mesmo sexo”.
Já o dicionário Macmillan trará “a relação entre duas pessoas que são marido e mulher, ou uma relação semelhante entre pessoas do mesmo sexo”. Para Michael Rundell, editor-chefe do dicionário Macmillan, também da Inglaterra, o dicionário segue a língua que é viva e não o contrário. Ele apontou ainda que a definição de palavras como “casal”, “marido” e “mulher” também podem se modernizar.
A partir de 2014, homossexuais ingleses poderão se casar. Mas comprar um dicionário que também reconhece estas uniões ainda não tem previsão de lançamento. No Canadá, que aprovou o casamento gay há 7 anos, já há dicionários que não mencionam o sexo dos nubentes em “casamento”. O site colaborativo Wikipedia também não define o casamento como união entre homem e mulher.