MP vai investigar agressão a manifestantes gays durante culto com Deputado Marco Feliciano

O Ministério Público Federal está investigando um incidente que ocorreu no dia 29 de julho em Santarém (PA), quando estudantes e manifestantes protestavam em um culto celebrado pelo pastor e deputado Marco Feliciano e foram presos. Na ocasião, o ordem de prisão partiu do próprio deputado, que estava no local para evento especial de comemoração do aniversário da Igreja Assembleia de Deus na cidade. Os procuradores querem saber se houve excesso ou arbitrariedade na ação de policiais e seguranças já que os manifestantes alegam que foram agredidos com tapas, socos, spray de pimenta e até arma de choque.

O protesto organizado pelo Grupo Homoafetivo de Santarém – GHS, pelo coletivo Rosas de Liberdade e pela União dos Estudantes Secundaristas de Santarém chegou ao local do culto com faixas e bandeiras do arco-íris, irritando o pastor. “Eu queria saber onde estão os policiais que estão aqui? Tem uma bandeira do movimento LGBT sendo sacudida e essas pessoas estão atrapalhando o culto. Isso é proibido pela lei! Essas pessoas podem sair daqui presas, algemadas agora! Semana passada eu já prendi dois. Isso aqui não é a casa da Mãe Joana, isso aqui é uma igreja, respeitem” disse o pastor ao microfone. Depois de confronto e spray de pimenta lançado pela polícia contra os manifestantes, três jovens acabaram detidos e acusados de perturbação e resistência à prisão. 

O evento era realizado na orla pública,e os manifestantes foram acompanhados pela Polícia Militar. Alguns deles acabaram furando o bloqueio policial e chegando ao local do culto. Ao protestarem contra o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), houve a confusão. Ao perceber uma bandeira do orgulho gay e ver os cartazes contra ele, o pastor pediu a  ação dos policiais e evocou o direito ao culto.

Veja o vídeo em que o deputado pede a prisão dos manifestantes:

Veja a confusão da operação policial:

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