Indignado e solidário, o presidente de honra do Grupo Gay da Bahia, Luiz Mott, soltou um desabafo de um amigo em seu Facebook. Ele postou a avaliação de um ativista da Aids sobre o panorama da epidemia no país e como gays soropositivo estão morrendo por serem tratados de forma errada.
“Voltamos à década de 1980. Ninguém reconhece mais uma pneumocistose (PCP) nem sabe que se trata isso simplesmente com Sulfametoxazol + trimetoprima (ou Bactrim, como as pessoas conhecem pela marca). As pessoas com HIV/aids estão morrendo por insuficiência respiratória como nos anos 1980, pois são tratados para a pneumonia com outros antibióticos. Resultado de um monte de coisas juntas: falta de preparo na rede pública e privada, descaso com a quimioprofilaxia, descaso com o tratamento ARV, falta de foco e ação do governo, falta de atenção dos ativistas sobre o tratamento… e “vamo que vamo”, no carão, no feicibuque, no consumo, na venda das aparências, pois prá que cuidar da aids? Tem tratamento… (mas deixa ele prá depois!!!) O importante não é mais estar saudável, é parecer saudável, para não perder pontos na concorrência. Tristes tempos.”, afirmou Ezio Távora Santos-Filho, ativista histórico do movimento HIV, AIDS e Tuberculose do país. “Vai precisar morrer muito mais gente para que a sociedade volte a se mobilizar de forma apropriada”, prevê ele.
Então é isso, se você estiver com falta de ar, for soropositivo, fique atento.