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Hemorroidas sem preconceitos: Como identificar e tratar

Redação Lado A 23 de Agosto, 2013 18h30m

Quando se fala em hemorroidas, o tema surge cheio de mitos e piadas. Na realidade, o assunto é muito comum. Ao menos metade das pessoas com mais de 50 anos são afetadas pelo crescimento das veias e artérias do reto. E 8% da população sofre com casos de hemorroidas reincidentes. “Hemorroidas são muito comuns. E principalmente devido à dieta ocidental contemporânea, repleta de alimentos processados, onde a fibra solúvel é removida e substituída por sal e açúcar”, observa o médico cirurgião Silvio Gabor, de São Paulo.

“As Hemorroidas são aglomerados de tecido contendo pequenas veias e artérias que se tornaram inchados e inflamados. Elas podem ser internas, localizada no interior do reto, ou externas, desenvolvendo-se sob a pele ao redor do ânus e, muitas vezes, grandes o suficiente para se pendurarem  para baixo”, explica o médico especializado no tratamento cirúrgico delas.

A maioria das hemorroidas não doí mas é comum coçarem em razão de microfissuras causadas durante a evacuação. Além do crescimento natural dos vasos sanguíneos, o surgimento delas está relacionado ao esforço excessivo nas evacuações, sexo anal violento e ainda ao aumento da pressão sobre os vasos sanguíneos. O sangramento é um dos indicativos de que a pessoa deve procurar um proctologista. “Se as hemorroidas persistentemente sangram ou são dolorosas, elas precisam ser removidas”, alerta o cirurgião. Para casos mais leves há medicamentos de uso local para remediar a situação.

Uma dieta rica em fibras pode ajudar a prevenir as hemorroidas e a evitar que elas sejam recorrentes. Obesidade, gravidez, halterofilismo, andar muito de bicicleta, e outras atividades que aumentam a pressão sanguínea estão relacionadas ao surgimento das hemorroidas. Como complicação, em estado avançado, as hemorroidas podem provocar grandes sangramentos, liberação das fezes e provocar infecções graves.

Uma nova técnica cirúrgica, chamada Desarterialização Hemorroidária Transanal guiada por Doppler (THD) alterou completamente o período pós-cirúrgico da hemorroidectomia. Sem cortes e ricos de sangramento ou tromboses, permite ao paciente voltar para casa no mesmo dia em alguns casos, com poucos riscos de complicações. A técnica moderna consegue localizar exatamente o vaso com alta pressão e atua sobre o mesmo, sem necessidade de cortes, explica o cirurgião.

 
 
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