Aos 25 anos, a travesti austríaca Conchita Wurst acaba de ser escolhida para representar o seu país no concurso Eurovision Song Contest 2014 que acontecerá em Copenhagen, Dinamarca, em Maio de 2014. Seu talento não está em questão para os compatriotas que não gostaram da escolha do júri do evento, que este ano não teve seletiva local, mas o fato da artista ter a aparência fora do normal. Ela conseguiu o segundo lugar na seletiva austríaca no ano passado e este ano foi convidada a representar o país, pela organização, já que não houve concurso popular, o que causou uma onda de protestos on line.
Thomas “Tom” Neuwirth começou a se apresentar em 2006 em concursos de voz com sucesso e em 2007 integrou uma boyband “Jetzt Anders!” que não deu muito certo. No ano de 2011, “Tom” apresentou ao mundo Conchita, sua versão crossdresser.
Tom se monta artisticamente, Conchita, o alter ego, e é uma performer colombiana (Homenagem à Shakira?). Ele exige ser chamado como tal, muda sua personalidade e voz e até usa o banheiro feminino quando está travestido, mas garante que é diversão. Ele diz que o seu alter ego é libertador e permite experimentar várias fantasias. De saltão e vestidos sexy, a grande barba confunde e provoca. Um remake moderno da mulher barbada circense do passado, agora cantando lindamente músicas de Celine Dion.
“Como você se sentiria se seus amigos, parentes, filhos, colegas e outros fossem molestados desta forma? Eu tenho certeza que na sua região tem gente que é diferentes. Eu continuo a lutar contra a discriminação e pela tolerância. Por isso estou convencida de que no Século 21 todas as pessoas tem o direito de viver como elas querem, desde que ninguém seja machucado ou tenha sua liberdade limitada. Pelo que eu sei, eu não prejudico ninguém”, respondeu a cantora aos opositores a escolha de seu nome.
Em tempo, Wurst, o sobrenome, significa salsicha, em alemão.
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