Por Leandro Allegretti
E aqui vai um desabafo: Para mim, é muito difícil dar a palavra e nem me incomodar caso não consiga cumprir algo que prometi por livre e espontânea vontade. Me irrita ver que algumas pessoas prometem coisas da boca para fora, porque acham necessário. Pensam que o outro quer ouvir promessas vãs ou, até mesmo, precisam se sentir melhor, daí, mentem para os outros e si mesmas.
Sou do tipo que acredita em promessas, que procura o melhor do ser humano. Aliás, procurava. De um tempo para cá, apenas dou o benefício da dúvida. Se me provar que tem palavra, dale! Tamo junto. Caso o contrário, adeus. Sei lá, acho que esse povo sente que o mundo deve algo para eles por causa de alguma dificuldade que enfrentaram quando crianças, adolescentes ou adultos. Pela falta de um pai ou mãe, pela falta de uma vida estável com melhores condições… Enfim, traumas na vida todos têm.
Viver não é fácil para 90% dos seres humanos na Terra. Eu mesmo tive diversas dificuldades quando pequeno. Mas não é por isso que vou pedir dinheiro emprestado para alguém e não pagar. Nem prometer ajudar a um amigo e resolver sair pra bater perna com outro… Já me desiludi com “amigos”, “namorados”, “familiares”, “conhecidos”, enfim, este texto não é específico para uma pessoa. É para o mundo: se prometer cumpra. Não vai cumprir? Dê satisfações. Demonstrar que se importa com alguma promessa é demonstrar que se importa com a sua própria palavra.
Acredite: palavras valem mais do que dinheiro. E suas ações falam por você, inclusive contradizendo as palavras que você usa.
Acho que o ser humano está cada vez mais descompensado e não sei se isso tem volta. A solução? Não acreditar em ninguém. Ter em mente que a promessa pode ser feita pelo outro, mas acreditar e viver de acordo com as promessas alheias é decisão sua.
De resto, adote um cachorro ou gato, afinal, animais de quatro patas costumam ser os melhores amigos do homem, da mulher, do gay, do travesti, enfim, você entendeu…
Leandro escreve para o doqueosgaysgostam.com e está de saco cheio de promessas mentirosas, mas preferia estar com o saco cheio de dinheiro.