Ela conta que a filha, então com 16 anos era triste e se vestia de preto, reclusa, tímida, e que ao conversar com sua filha do meio, a mesma disse que ela era lésbica. Com a dica, Marise foi conversar com a filha, durante um café da manhã. Ao ver que a filha reagia repetidamente com a frase “você não me entende”, Marise criou coragem e disse: “Eu não entendo porque esse seu namorado… você acha mamão não vai entender que esse ele é ela?”. A partir deste dia a relação mãe e filha ganhou novo significado para as duas. “Isso para mim não é um problema. O problema para mim é te ver triste”, fez questão de dizer a super mãe.
E juntas as duas encararam o preconceito. Marise foi na escola da filha para conversar com as educadoras, suas colegas de profissão, e deixou claro que não toleraria preconceito por parte de professores e dos outros alunos. Ela conta que até sugeriram que seria uma “fase” de sua filha adolescente. A mãe tigresa contou ainda que a filha sofria homofobia na escola e não contava em casa, com medo da mãe ir na escola resolver o problema. A menina porém virou outra pessoa, mais alegre e confiante, sociável, depois que recebeu o apoio de Marise.
“É importante o acolhimento, o amor dos pais. E para o homossexual isso é duplamente importante”, ensina Marise.