Em 2012, o Brasil registrou 39.185 casos de Aids, número que se mantém estável nos últimos anos. A cada 100 mil habitantes, 20,2 novos casos foram registrados no país no último ano. Na Região Sul, este número é mais alto, aproximadamente 30,9 a cada 100.000 habitantes. No Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a incidência em novos casos chegou a 41,4 e 33,5, respectivamente, lembrando que a média nacional foi de 20,2 novos casos a cada 100 mil habitantes. A mortalidade pelo HIV também foi mais alta na região Sul, 7,7 óbitos a cada 100 mil habitantes, contra a média nacional de 5,5.
No último dia 1° de Dezembro, o Ministério da Saúde anunciou os números da epidademia no país. Estima-se que aproximadamente 718 mil indivíduos vivam com o HIV/aids no Brasil (0,4% da população) destes, apenas 80% sabem que possuem o vírus. Atualmente 574 mil pessoas com HIV vivem no país, 70% delas em grandes centros urbanos e a maioria passando por tratamento, oferecido pelo governo.
Na faixa etária de 13 anos de idade ou mais, do total de 16.464 casos de aids no sexo masculino, notificados no Sinan no ano de 2012, 18,3% não possuem a informação da categoria de exposição. Entre os que apresentam essa informação (13.447), 32% são homossexuais, 9,4% bissexuais, 52,7% heterossexuais, 5,2% usuários de drogas injetáveis (UDI) e 0,7% ocorreram por transmissão vertical. Nos últimos 10 anos, observa-se um aumento de cerca de 22% na proporção de casos em HSH (homossexuais e bissexuais) e uma redução de 3% de heterossexuais. Se for avaliado apenas a faixa etária jovem masculina, há uma maior prevalência e crescimento da epidemia entre homossexuais. O alerta é que esta população abandonou o uso do preservativo e não tem feito a prevenção corretamente.
No acumulado desde 1980 a 2013, acima de 13 anos de idade, entre homens, 77.583 homossexuais (26,1%) foram detectados com o vírus, 39.639 bissexuais (13,3%) e 120.729 heterossexuais (40,6%). No mesmo período e faixa etária, 157.373 mulheres foram diagnosticadas com o vírus HIV.
Porto Alegre e Florianópolis são as capitais com mais casos de HIV e Aids registrados no ano passado no país. Cidades gaúchas lideram a incidência do vírus, todas com índices maiores do que as cidades das outras regiões: Alvorada, Porto Alegre, Itajaí, Guaíba, Balneário Camboriú, Rio do Sul, Rio Grande, São Leopoldo, Viamão, Camboriú, Canoas, Biguacú, Cruz Alta, Gravataí, Esteio, São José, Florianópolis, Criciúma, Sapucaia do Sul e Palhoça, a última com registro de 51 novos casos a cada 100 mil habitantes.
Confira alguns dados nas tabelas abaixo: