O protagonista gay logo rouba a cena, com sua desenvoltura. Falta um mediador, e fica claro que a falta de naturalidade segue um roteiro, conduzido pelo protagonista e sua mãe, guiados por uma produção manjada em seu formato. Entre os seus candidatos, um mais diferente do outro, muitas frases prontas e falta de naturalidade. A mãe do candidato chega a dizer que não gosta de “gays gays” mas diz que seu filho as vezes é assim.
Seria bacana se o programa fosse mais natural e não forçasse com frases que buscam generalizar gays ou homens, ou reforçar papéis, como de a namorada ter que saber destrinchar um frango ou limpar a casa, como mostram as provas conduzidas pelas “sogras”. As mães roubam a cena mas fica claro o constrangimento e a falta de entendimento da situação, ou mesmo o propósito de tudo.
Pela falta de audiência, Galisteu acusa a Band de não investir na divulgação do programa e reclama da concorrência atual na faixa por causa da minissérie Amores Roubados, da Globo. A verdade é que o programa é ruim em sua concepção, confuso e mal produzido em sua versão brasileira, especialmente no caso do gay, apesar da linda abertura estilo “Mulheres Ricas”. O formato pertence a empresa holandesa Eyeworks, criadora do CQC. (Não se pode acertar todas…) A atração estreou no ano passado na Noruega, Bélgica, Holanda, Alemanha, Argentina e França. O programa no Brasil vai ao ar todas as segundas, a partir das 23h, no horário de CQC, que está em férias.