Foram aplicados 614 questionários entre os dias 28 de fevereiro e 04 de março em locais de eventos ou concentração da comunidade gay durante o Carnaval como Rua Farme de Amoedo e adjacências, em Ipanema; durante o Carnaval dos blocos TocoXona, Banda de Ipanema e Simpatia é quase amor e ainda nas festas JukeBox, Revolution Party, ToyOz, BITCH + The Week, Rio Life Style Festival e no camarote CandyBox, no Sambódromo. O estudo encontrou uma média de idade de 26 anos, de homens solteiros, com maioria com escolaridade de nível superior e renda superior a 8 salários mínimos. Eles ficam de 8 a 12 dias na cidade, comparando com a média de 6 dias do turista convencional.
Entre os turistas nacionais, os que mais visitam o Rio vêm dos EUA, Inglaterra e Canadá. Já entre visitantes nacionais, os turistas de São Paulo, Minas Gerais e do Estado do Rio de Janeiro lideram o ranking de vinda à cidade. O motivo: 42% disseram que por ser um “destino gay friendly”. E 93,6% afirmam que recomendariam o Carnaval carioca e 94,6% pretendem retornar à cidade.
Para Carlos Tufvesson, coordenador especial da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio, é preciso olhar para o cidadão gay carioca e apresentar melhorias para quem vive na cidade como forma de assegurar o Rio como destino gay. “O turismo LGBT no mundo hoje figura entre os de maior poder aquisitivo para qualquer destino, qualquer cidade. E o interessante dessa pesquisa é notar como esse turista escolheu o Rio. O que nós fazemos é assegurar os direitos civis dos cidadãos e cidadãs LGBTs e sabemos que esse item pesa na escolha do destino dessas pessoas. O que fazemos em termos de fiscalização de leis e criação de decretos é fundamental para que aqui seja cada vez mais escolhido como local de férias de LGBTs”, afirma.