HIV: Soropositivos podem desenvolver maior risco cardíaco diz pesquisa

Segundo pesquisa publicada no jornal Annals of Internal Medicine, homens HIV positivos possuem maior acúmulo de placas arteriais do que homens soronegativos. A arteriosclerose, como é chamada esta condição, aumenta o fator de risco para ataques cardíacos, aponta a pesquisa desenvolvida pela Universidade Northwestern, Universidade Johns Hopkins, Universidade da California, e Universidade de Pittsburgh.

Foram pesquisados 618 homens gays soropositivos e 383 gays soronegativos, entre 40 e 70 anos de idade. 63% do primeiro grupo apresentaram arteriosclerose contra 53% do segundo grupo. A diferença permaneceu mesmo depois de analisados outros fatores de risco como o tabagismo e pressão sanguínea.

As placas duras acumuladas podem levar a diminuição do fluxo sanguíneo no coração, alterando a oxigenação e levando a um ataque cardíaco. Já as placas moles podem causar a ruptura da artéria ou a criação de um coágulo.

A pesquisa também apontou que homens que tomaram o coquetel anti-Aids por mais tempo ou tiveram pioras constantes em sua imunidade estão mais sujeitos a sofrer com problemas coronários causados pelas placas moles. “Graças aos tratamentos efetivos, muitas pessoas com a infecção pelo HIV estão vivendo até seus 50 anos ou mais e estão morrendo de causas não relacionadas ao HIV, frequentemente, de doenças cardíacas”, afirmou o Dr. Anthony S. Fauci, médico e diretor do Instituto Nacional de Saúde de Alergias e Doenças Infecciosas, que destacou a importância de outras pesquisas sobre doenças que afetam a vida de soropositivos.

 

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