Nesta quinta-feira, o MP denunciou Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini, Edelvania Wirganovicz e Evandro Wirganovicz pelo morte do garoto. Apesar da declaração de homofobia do pai, a motivação do crime foi financeira, segundo a denúncia. A madrasta dopou o menino com remédio comprado com receita assinada pelo pai do menino e depois o matou com doses letais do medicamento de tarja preta, de venda controlada. O pai, a madrasta e a amiga do casal serão indiciados por homicídio quadruplamente qualificado com os agravantes de motivo torpe e fútil, emprego de veneno e incapacidade de defesa da vítima e ainda por ocultação de cadáver. O médico ainda responderá por falsidade ideológica.
O MP está convencido da participação do pai no crime, embora a madrasta e a amiga o excluam do assassinato que segundo elas foi uma super dose acidental do medicamento que causou a morte do menino. O MP discorda: “Ele não só desejou a morte do filho, como autorizou os atos para que dessem efeito. É o patrocinador, a pessoa com a maior inteligência para engendrar álibis, pretextos, o sangue-frio de um cirurgião que precisa ter um alto controle, raciocínio muito aguçado. Por isso, é o mentor do crime. A pessoa que estimulou a esposa dentro do ódio que já sentia por Bernardo. É a pessoa que não apaziguou os ânimos dentro de casa. Há dentro dos autos, que hoje já estão em quase 15 volumes, passagens em que Leandro se refere a Bernardo como “bichinha”, declarou a promotora Dinamárcia Maciel de Oliveira.
Apesar da declaração, a homofobia não foi considerada motivo para o crime, nem como agravante, e nem incluída na denúncia contra os acusados.