Psicóloga curitibana que promove cura gay tem 30 dias para recorrer de decisão do CRP

A psicóloga Marisa Lobo foi julgada pela Comissão de Ética do Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR) na última sexta-feira. De portas fechadas e com resultado sigiloso, a profissional tem 30 dias para recorrer da decisão junto ao Conselho Federal de Psicologia. Ela pode ser suspensa e até ter a sua licença cassada por defender e promover tratamento para a homossexualidade, acusação que foi denunciada ao Conselho que rendeu o processo interno de violação da ética profissional. Outras possibilidades do julgamento seriam uma censura pública ou o arquivamento do processo, este último não foi o caso. Caso sofra censura pública, a psicóloga poderá desenvolver a sua atividade profissional mas ficará impedida de dar declarações sobre a profissão pelo tempo determinado pela entidade.

A psicóloga chegou a defender o projeto de Cura Gay no Congresso, quando um projeto de lei chegou a tramitar pela casa, um novo projeto apresentado este mês voltou a tentar derrubar a norma do Conselho Federal de Psicologia, que veta qualquer tratamento a homossexuais ou declarações que coloquem a homossexualidade como desviante.

Em seu perfil nas redes sócias, a psicóloga não revela o que foi decidido pela Comissão do Paraná mas afirma que está sendo vítima de perseguição religiosa. Há dois anos ela foi obrigada a retirar o termo “psicologia cristã” de seu site que continua no ar, porém sem conteúdo. Para o órgão, a profissional não está seguindo os preceitos da profissão e se utilizando da mesma para difundir valores pessoais, contrários ao regimento dos psicólogos.

Esta semana no Facebook, Marisa Lobo publicou diversos “casos de ex gays, ex lésbicas e ex travestis” e provoca: “PARA O CRP E A LGBTT EX GAYS NÃO EXISTE, E DIZER QUE ELES EXISTEM É PRATICAR HOMOFOBIA…..”

Abaixo, nota oficial do CRP-PR sobre o caso.

Nota oficial do Conselho Regional de Psicologia do Paraná:
 
Sobre o julgamento da psicóloga Marisa Lobo, que aconteceu na última sexta-feira (16), o Conselho Regional de Psicologia do Paraná esclarece que as informações referentes ao processo são sigilosas e até o resultado do julgamento, que ainda cabe recurso à instância federal, não irá se pronunciar sobre o caso.