Posso ser quem realmente sou? Mas quem sou eu?

Ao longo de toda minha trajetória de vida, por diversas vezes pensei na questão da homossexualidade, talvez por isso estar tão presente em minha vida.

Por toda minha trajetória profissional como recursos humanos e educador de adolescentes que estão em preparação para serem inseridos no mercado de trabalho, me deparei com muitos homossexuais com diversos conflitos internos em relação a sua sexualidade.

Muitas dessas pessoas, por uma necessidade de sobrevivência, precisaram encontrar uma forma de trabalhar, de ganhar seu dinheiro e de muitas vezes serem aceitas na sociedade, pois precisam viver, mas muitas vezes fui abordado por essas pessoas e elas me diziam que gostariam de viver de outra maneira e até mesmo gostariam de ter tido um outro caminho na vida delas.

A questão da sexualidade nunca foi um problema para mim. Desde cedo tinha a plena convicção que nem todas as pessoas no mundo aceitariam ou entenderiam a homossexualidade, a bissexualidade ou outras questões do gênero que estejam fora dos padrões normais que a sociedade nos impõe, mas o que me chamou sempre a atenção foi o quanto esse comportamento e essa forma de pensar pode inibir e até mesmo impedir o sucesso das pessoas que não estão enquadradas no perfil dito “normal” pela sociedade, se é que ser heterossexual seja normal.

Ao longo dessa trajetória, percebi quantos dos adolescentes e profissionais que atendi, escolheram viver suas vidas de forma anônima e os que foram privilegiados em não viver de forma tão anônima, mas se limitaram muito em sua vida pessoal e principalmente profissional.

Muitos deles não se realizaram profissionalmente ou não atuam e não se destacam da forma que poderiam se destacar, simplesmente pelo fato do “medo” do que a sociedade e até mesmo seus colegas de classe, trabalho e gestores vão dizer ou pensar.

A pergunta que sempre fica em minha mente é: Vale a pena viver desta forma? Vale a pena não ter a profissão que quer? Vale a pena não ter a posição mais alta da empresa por ter que mostrar quem realmente é?

A um tempo atrás me tornei coach, e pude perceber o quanto o processo de coaching é maravilhoso e transformador. Tão transformador ao ponto de fazer o ser humano entender cada vez mais como que ele mesmo funciona e não somente como ele funciona, mas a se aceitar e se respeitar da forma como ele é.

O coaching faz com que as pessoas possam enxergar de forma clara quais são suas crenças e valores, e o quanto suas crenças por muitas vezes foram limitadoras para se atingir seu sucesso pessoal e profissional. O coaching nos faz mostrar que não existe limites para se atingir a posição desejada na sociedade, no relacionamento, na profissão e perante ele mesmo. O coaching nos dá a oportunidade de nos olharmos no espelho e nos aceitarmos da forma e da maneira como somos e o melhor de tudo, sentir orgulho do que vemos.

A pessoa que contrata um processo de coaching e tem um coach ao seu lado, passa a perceber a vida e se perceber de um novo ângulo, de uma nova forma e garanto, é TRANSFORMADOR.

Medos, obstáculos, aceitação, foco em solução, descoberta de novas competências, melhoria de performance, senso de propósito, alinhamento de valores são algumas da inúmeras benfeitorias que o processo pode trazer para as pessoas.

As respostas estão dentro de nós, dentro de todas as pessoas, o problema é que temos medo de encontrar o que temos dentro de nós mesmos e em muitos momentos, em um processo de transformação, é preciso enlouquecer, antes de se recuperar a sanidade, eu experimentei e garanto, é MARAVILHOSO.

 

COACH – GERSON KOWALSKI JUNIOR
Economista, possui Certificação Internacional  em Professional & Self Coaching pelo IBC – Instituto Brasileiro de Coaching, ECA – Europian Coaching Association, GCC- Global Coaching Community, BCI – Behavioral Coaching Institute, IAC – International Association of Coaching. Certificação de analista comportamental através da metodologia coaching assessment pelo IBC – Instituto Brasileiro de Coaching e certificação de analista 360 graus pelo IBC – Instituto Brasileiro de Coaching.
Especialização em Pedagogia Empresarial e Educação Corporativa e formação em Hipnose Terapêutica com PNL.
Sócio proprietário da Kaizen – Coaching e Gestão de Pessoas atuando como coach e desenvolvendo projetos de desenvolvimento humano e organizacional.
Redação Lado A :A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa