Medicare: Transexuais poderão pedir cirurgia de mudança de sexo gratuita nos EUA

A exemplo do que acontece no Brasil, as transexuais norte-americanas incluídas no programa Medicare, criado pelo governo Obama, poderão solicitar a operação de readequeação genital (mudança de sexo) e serão avaliadas indivudualmente. A Junta Departamental de Apelações do Departamento de Saúde determinou em 1981 que a operação não seria coberta pelo sistema público de saúde mas o Departamento de Saúde dos Estados Unidos derrubou a instrução no mês passado, depois de uma decisão judicial.
 
A resposta na Justiça foi um pedido negado há dois anos da transexual Denee Mallon, de 74 anos, que não foi atendida em um pedido da cirurgia com base na portaria da década de 80. Mesmo septuagenária, a ex militar, diagnosticada com transtorno de identidade de gênero, queria ser operada e foi à Justiça lutar por seus direitos que foram reconhecidos. 
 
Com isso, o ministério instituiu que a Medicare que irá lidar com cada caso de transexualidade individualmente, onde poderá custear a readequação genital e todos os procedimentos julgados necessários, depois da análise se o paciente está pronto para o procedimento. Segundo as novas regras, nenhum pedido será negado sem que o paciente seja avaliado.
 
Em comunicado, as principais organizações pró LGBT dos EUA comemoraram: “Esta decisão elimina uma barreira na cobertura de atendimento médico para as pessoas transgênero sob o Medicare.

Diferente da orientação sexual, a transexualidade ou diforia de gênero, é considerada uma doença. A cirurgia é crucial para a saúde mental e resolução desta problemática para quem nasce no sexo oposto ao qual sente-se pertencer. No Brasil, o Sus realiza as cirurgias mas depara com uma lentidão e burocracia grande. Além dos riscos de uma cirurgia tão invasiva, os resultados nem sempre agradam, colaborando para que muitas transexuais rejeitem a operação.
 

 

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