Um processo milionário na Décima Quarta Vara Cível de Cuiabá, Mato Grosso, deve terminar em acordo. O processo aberto em 2010 terá uma audiência de conciliação em Novembro deste ano. Rafael Alves Ferreira, 35, pede indenização de R$1 milhão por danos morais e materiais para a Igreja Mundial do Poder de Deus, onde alega que sofreu espancamento e foi vítima de preconceito. Com pedido de tutela antecipada já negada, o ex-pastor da instituição alega que em dezembro de 2009 foi agredido e desligado do quadro de pastores da instituição sem direito a defesa, onde era pastor auxiliar desde março.
Segundo os autos, ele afirma que dormia nas dependências da instituição quando foi acordado com socos e pontapés pelo pastor Jademir e levado para a casa do Bispo Sidney Furlan. O motivo da agressão seria homofobia e a Igreja prometeu resolver internamente a situação mas semanas depois o rapaz foi desligado de suas funções e expulso da instituição. Ferreira alega que o motivo disso tudo foi por ele ser um ex gay. A igreja nega a acusação alegou improcedência da ação e pede a condenação do autor por litigância de má-fé.
O jovem registrou a ocorrência e entrou com processo cível e trabalhista. A agressão não deve ser comprovada pois o laudo pericial do IML foi inconclusivo. Os pastores teriam inclusive feito chacota do rapaz em um programa evangélico de rádio local, o que foi incluído nos autos do processo. Para a juíza, os pontos controvertidos do processo são: se o autor foi agredido física e psicologicamente; e a ocorrência de homofobia.
Depois que saiu da Igreja, Rafael Ferreira, responsável pela Geração Jovem Mundial, denunciou o esquema de arrecadação e teatro promovidos pela igreja na capital do Mato Grosso que gera mais de R$1 milhão de doações por mês. Segundo ele, o pastor Judemir o caluniou ao afirmar que ele manteve relações sexuais com outro homem após a sua conversão, o que gerou um B.O. e a agressão posterior que causou sua expulsão.