Curitiba recebe exposição de fotos da artista bissexual mexicana Frida Kahlo

O Museu Oscar Niemeyer, de Curitiba, recebe a partir desta quinta-feira a mostra “Frida Kahlo – As suas fotografias”, sobre o cotidiano da pintora mexicana Frida Kahlo. Com curadoria do mexicano Pablo Ortiz , Monasterio, o museu paranaense será o único do país a receber a exposição. 

Nascida há 107 anos, Frida era conhecida pelo seu espírito libertário, uma autêntica mulher avante de seu tempo. Combativa, icônica, feminista, muitas são as palavras para descrever esta mulher considerada uma força da natureza que até seus últimos dias inspirou todos a sua volta, vivendo e produzindo arte intensamente. Boa parte de seus quadros eram autorretratos, uma forma de dar vazão aos seus sentimentos, inquietudes e sua dor.

Criada com três imãs em uma família de artistas, ela chamava atenção por gostar de se apresentar de forma andrógina, muitas vezes com vestes masculinas, inclusive em fotos de família. Ela contraiu pólio aos 6 anos de idade e após um acidente de carro, aos 18 anos ela, conviveu com limitações e dores para o resto da vida.

Casada com o pintor mexicano Diego Rivera, de quem se separou e casou novamente, ela teve um romance com o líder comunista Leon Trotsky e muitos outros, entre homens e mulheres. Sabendo se portar diante das câmeras, a diva mexicana inspirou muitos trabalhos, sempre explorando seu visual sisudo e forte, servindo de inspiração posterior para a moda por seus excessos nas maquiagens, mechas e gosto pelas cores fortes. Ela virou muitos quadros, fotos, filmes e livros. Seus quadros alcançaram a marca dos milhões, suas palavras ácidas ou de amor viraram citações na internet… seu esposo virou mero coadjuvante em sua história. A casa azul, onde morou, foi transformada em um museu e Frida virou cult.